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Citroën Ami: quanto pode custar o subcompacto elétrico no Brasil?

Preço não foi divulgado, mas fizemos um "estudo" sobre como a Stellantis precifica seus elétricos importados da Europa

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Stellantis confirmou a vinda do modelo ao Brasil
Stellantis confirmou a vinda do modelo ao Brasil Foto: Stellantis confirmou a vinda do modelo ao Brasil

Na última semana, o Citroën Ami foi confirmado para o mercado brasileiro, ainda sem preço sugerido. A estreia do microcarro elétrico no Brasil, classificado como um quadriciclo, pode ser o início para que outras marcas tragam para o país modelos semelhantes. Vale lembrar que, há alguns anos, a Renault pensou em trazer o Twizy, mas a ideia não se concretizou.

E o preço estabelecido para o Citroën Ami pode abalar o mercado de carros elétricos no Brasil, devolvendo a bola para as marcas ocidentais, que foram surpreendidas com a chegada de modelos chineses com preços relativamente agressivos, como o BYD Dolphin e o GWM Ora 03.

Porém, mensurar a faixa de preço que a Stellantis vai estabelecer para o Citroën Ami é um grande desafio, já que não existe um produto parecido no nosso mercado. Na Europa, o modelo custa a partir de 7.990 euros, valor extremamente baixo, mesmo para um veículo tão simples. Na conversão direta, o modelo custaria cerca de R$ 42 mil

Mas, qual será o preço do Citroën Ami?

Ainda é cedo para acertar um "chute" confiável sobre o preço do Citroën Ami no Brasil. Um caminho para chegar lá pode ser "estudando" o preço de dois elétricos importados pela Stellantis.

O Peugeot e-208 GT, na mesma configuração que chega ao Brasil, custa 38.680 euros (cerca de R$ 200 mil, na conversão direta). No Brasil, o preço sugerido é de R$ 235.990.

Já o Fiat 500e, na configuração vendida no Brasil, custa 29.450 euros (em torno de R$ 150 mil, na conversão direta). No Brasil, o modelo custa R$ 224.990.

Ou seja, a "margem de lucro" com o Peugeot e-208 é de 17,5%, enquanto a do Fiat 500e é de 50%. Sim, são percentuais bem diferentes, que não permitem encontrar um valor médio confiável. Porém, se considerarmos que o Citroën Ami possa chegar com preço 50% superior ao praticado na Europa, seu valor no Brasil poderia ser algo em torno de R$ 63 mil. Trata-se de um valor inferior ao do carro mais barato do Brasil, o Renault Kwid, vendido a partir de R$ 68.990.

Por enquanto, subcompacto não tem concorrentes

Porém, por se tratar de um carrinho charmoso e elétrico sem qualquer concorrente direto no país, o Citroën Ami pode chegar ao Brasil cercado de glamour, e por um preço bem superior a R$ 63 mil. Se, hoje, o elétrico mais barato custa na casa dos R$ 150 mil, um Ami vendido por R$ 100 milhão não deixaria de ser uma barbada. Mas, isso até chegar um concorrente com características semelhantes.

O modelo, de fato, pode ser uma boa solução para muitas pessoas, e tem tudo para se transformar em uma febre. Para muitas famílias o Ami seria um segundo carro perfeito. Mas, é preciso calcular tudo o que se perde e o que se ganha para ver se compensa, já que poucos de dão conta de quanto esse subcompacto é simples.

O Citroën Ami é um carrinho de plástico que pesa 485 quilos. Na Europa ele só pode transitar na cidade, a pode ser dirigido por pessoas a partir de 14 anos. O motor elétrico tem apenas 8cv de potência (um Fusca 1.5 tinha 52cv), com velocidade máxima de 45km/h. O espaço interno é apertado e não tem porta-malas. Por mais fofinho que esse modelo possa parecer, trata-se de um veículo extremamente simples:

  • a janela não se abre, apenas bascula;
  • não existe ar-condicionado;
  • o acabamento é plástico puro.

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