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Citroën cria cupê conceito em parceria com a GQ

A Gentlemen's Quarterly britânica participou da criação do híbrido, batizado simplesmente como GQ by Citroën

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Se o público masculino é o mais atraído por carros esportivos e potentes, por que não criar um modelo em parceria com uma empresa que é voltada completamente para esse público? Foi o que a Citroën fez na Inglaterra. A marca francesa se uniu a edição britânica da revista norte-americana GQ (originalmente, Gentlemen's Quarterly) para criar o GQ by CITROËN. O cupê é uma versão mais próxima das ruas do conceito GT by Citroën, apresentado no ano passado e estrela da versão prólogo do simulador de corridas Gran Turismo 5, para o Sony PlayStation 3 - enquanto não vem a versão de produção. As orientações foram ditadas pelo editor da publicação, Dylan Jones, que fez um "brief" sobre o carro para o desenhista da marca, Mark Loyd, criador do DS3. O resultado lembra em parte o conceito DS High Rider, o futuro DS4 apresentado no Salão de Genebra, mas com toques de refinamento.

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E, para os leitores de bom gosto da publicação, que versa sobre moda, cultura e entretenimento masculino, nada melhor do que um cupê, ainda que escape do formato clássico de três volumes. O capô alongado é uma versão superdimensionada do utilizado no C5. Do GT original, o GQ herdou as entradas de ar que contornam a parte frontal do modelo, emoldurando até as laterais dos faróis. O teto é baixíssimo, com uma área envidraçada reduzida a um filete. Um estilo longo, largo e baixo que ganha mais agressividade com os para-lamas avolumados por um jogo de superfícies com sulcos em formas de ondas.

Bem menores que as dianteiras, as portas traseiras ficam quase que ocultas e devem obedecer a um mecanismo de abertura inverso, semelhante ao utilizado em picapes de cabine estendida ou em outros esportivos, como o Mazda RX-8. A traseira é curta e arredondada, com um vidro traseiro côncavo e lanternas envolventes em "C". "Eu queria algo prático, algo legal e algo idiossincrático. Surpreendente, mas que não parecesse apenas como um carro conceito. O carro da GQ precisava de um fator de desejo, mas também precisava parecer, ser sentido e dirigido como o tipo de modelo que nenhum homem são escolheria ignorar", explica Dylan Jones, o editor da GQ.

O interior não nega a sua estirpe e recebeu acabamentos e revestimentos supridos por Patrick Grant, o diretor criativo de muitas alfaiatarias de Savile Row, rua londrina onde se localizam as mais elegantes casas de moda masculina do mundo. Essa influência fica clara na escolha de cortes precisos, que utilizam a combinação dos tons preto e vermelho para compor a atmosfera esportiva exigida pela natureza do carro. O painel, por sua vez, é menos discreto e abusa de formas mais envolventes, com os comandos agrupados em torno do motorista.

O GQ chega a 250 km/h e vai da imobilidade aos 100 km/h em 4,5 s



E, para não contrafazer o que dita a atual moda, a base motriz é híbrida, do tipo "plug-in", cujas baterias de íons de lítio podem ser recarregadas na rede elétrica. Sob o capô está um quatro cilindros 1.6 com injeção direta, que trabalha em conjunto com um motor elétrico. Embora não ofereça mais dados de mecânica, a marca francesa adianta os números de desempenho. Da imobilidade aos 100 km/h são necessários cerca de 4,5 segundos, com uma velocidade máxima de 250 km/h limitada eletronicamente. Porque, em determinadas situações, até mesmo os gentlemans tem pressa.