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Citroën DS5 é o novo francês de luxo

Baseado sobre o C5, o modelo chama atenção pela carroceria station

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Modelo tem faróis espichados e formas agressivas, intensificadas nas entradas de ar afiladas com LEDs e pelos vincos laterais

Em 2009, quando ressuscitou a sigla DS para denominar uma nova linha de modelos de luxo, a Citroën não escondeu que entraria em todos os segmentos. Primeiro foi o DS3, que se afastou do C3 de segunda geração que lhe deu origem e investiu em uma carroceria duas portas, para concorrer com o Mini Cooper e companhia. Depois o DS4, que foi inspirado no conceito DS High Rider do Salão de Paris de 2010, mas que é baseado sobre o também novo C4. Na prática, substitui com maior presença e preço o C4 cupê (ou hatch de duas portas). Agora é a vez do DS5, que toma emprestada a arquitetura do médio grande C5 e também ganha novas formas, no caso o estilo de uma perua.

O estilo domina a função na traseira, com tampa elevada do porta-malas de 465 litros

Com 4,52 metros de comprimento, o modelo está mais para station wagon do que para hatch também em relação à capacidade de carga, de bons 465 litros. O estilo toma emprestado elementos de outros DS, a começar pela ampla grade em forma de bocão ladeada por entradas de ar afiladas. A personalidade é ditada por vincos profundos e sinuosos, que dão mais volume ao carro. Que também se destaca na motorização.

Somado ao acabamento de luxo, habitáculo investe no refinamento também na eletrônica embarcada, que inclui HUD a cores

O DS5 é o primeiro Citroën a colocar em prática a propulsão Hybrid-4, que já foi anunciada para os Peugeot 3008, que receberia uma pitada de desenvoltura no off-road, e RCZ. O sistema conjuga um motor turbodiesel 2.0 Hdi a outro motor elétrico. São 200cv de potência combinada sem requerer um seis cilindros. O motor elétrico fica encarregado de movimentar o eixo traseiro. Com isso, é possível criar um sistema de tração integral drive by wire, sem ligações físicas como um dispendioso e pesado eixo cardã. Outra vantagem está nas emissões, reduzidas a apenas 99g/km de dióxido de carbono, CO2, índice de carro compacto de orientação ecológica. O que diminui ainda mais no ambiente urbano, onde o DS5 pode se mover apenas com eletricidade.

Como em outros DS, o couro lembra um patchwork, tudo para dar a sensação de trabalho artesanal

Por dentro, painel elevado, telas de LCD no quadro e console e muito couro de alto padrão mesclado a detalhes em madeira. A comodidade é reforçada por itens como ar-condicionado digital com duas zonas de regulagem, head-up display colorido, bancos elétricos, freio de mão automático, entre outros. Não chega a ser a enxurrada de tecnologia do DS original em comparação a outros carros de sua época, o longínquo ano de 1955. Mas dá para se destacar no segmento dos médios de luxo na Europa.