A Jeep lançou a linha 2022 do Renegade, o SUV mais vendido no Brasil ao longo de 2021. E, se as mudanças visuais foram pontuais, para que o modelo não perca sua identidade, debaixo do capô o veículo se livrou de sua maior fraqueza (literalmente!): o motor 1.8 flex, fraco e beberrão. Notícia ruim para alguns é que o motor 2.0 turbodiesel que equipava as versões mais caras também dá adeus ao utilitário-esportivo.
A Jeep também enxugou o número de versões do Renegade, de sete para quatro pacotes. A antiga versão de entrada STD 1.8 AT foi descontinuada, e agora o pacote mais barato é o Sport 1.3 AT, que custa R$ 123.990 (o preço anterior era R$ 109.990). Além do novo motor, a versão ganhou itens de série como seis airbags, detector de fadiga, assistente de manutenção de faixa de rodagem e frenagem autônoma de emergência.
Uma questão colocada pela Jeep que não fez sentido foi a “democratização da tração 4x4”, no sentido de baratear essa funcionalidade. Antes, a porta de entrada do Renegade 4x4 era a extinta versão Moab 2.0 Diesel, que custava R$ 159.990. Agora, o pacote mais barato a trazer tração nas quatro rodas é a Série S 1.3 Flex, vendido por R$ 163.290, portanto mais caro. A versão de topo Trailhawk, sim, ficou mais barata (de R$ 180.990 para R$ 163.290), mas fica no ar se a substituição do motor 2.0 diesel pelo 1.3 turbo flex foi interessante para a proposta fora de estrada.
DESIGN Lançado em 2015, o Renegade passou pela primeira reestilização no fim de 2018, sempre com mudanças discretas. Tudo para que o modelo não perca o visual de jipinho que o diferencia da concorrência. Neste novo “tapinha”, os faróis circulares passam a ser em LED em todas as versões e ganham a luz de direção integrada.
A grade de sete fendas ficou mais achatada. Os para-choques, dianteiro e traseiro, ganharam novo desenho. As lanternas mantiveram seu formato, mas com nova grafia interna. Novas rodas, de 17 a 19 polegadas, e retrovisores completam o novo visual do compacto.
DENTRO O interior do Renegade ganhou o novo volante da marca, que já equipava os modelos Compass e Commander, assim como o apoio de braço com a inscrição “Jeep 1941” em baixo-relevo, em alusão ao ano em que a marca nasceu. A partir da versão Longitude, o veículo ganha quadro de instrumento digital e configurável de 7 polegadas, bancos em couro e a tela do sistema multimídia “salta” de 7 para 8,4 polegadas.
MOTOR Agora o Renegade tem motorização única denominada T270, um bloco 1.3 turbo flex com potências de 180cv (com gasolina) e 185cv (com etanol), ambos com 5.750rpm, e torque de 27,5kgfm (g/e) a 1.750rpm. São duas opções de transmissão. As duas versões mais baratas trazem câmbio automático de seis marchas e tração 4x2, enquanto as duas mais caras combinam câmbio automático de nove marchas com tração 4x4
Essas versões 4X4 trazem até cinco modos de condução – Auto (automático), Sport (esportivo), Snow (neve ou pisos muito escorregadios), Sand/Mud (areia e lama) e Rock (pedra, este exclusivo na Trailhawk) – que ajustam os parâmetros do motor, câmbio e bloqueio de diferencial traseiro conforme a situação. Ainda dentro das funções para o fora de estrada, o câmbio traz as funções 4WD Low, com relações mais curtas, e o 4WD Lock, que aciona o bloqueio do diferencial traseiro. Já o controle de descida não deixa as rodas pararem no meio de uma descida íngreme, o que causaria perda do controle do veículo.