O mês de novembro abre o trimestre onde se registra o maior volume de chuva nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para os motoristas, a principal orientação é evitar trafegar no momento da chuva forte.
Se você for surpreendido no meio do caminho, tente encontrar um local seguro para estacionar e espere a chuva passar. Porém, se não tiver outra saída, melhor estar preparado. Para evitar problemas durante uma tempestade, é preciso deixar o carro em boas condições de uso, além de já ter na cabeça quais procedimentos devem ser adotados.
Preparando o veículo
- A primeira coisa que você deve conferir no carro é o estado das palhetas do limpador de para-brisa ou do vidro traseiro. A borracha deve estar limpa e macia. Se o limpador não estiver removendo bem a água do para-brisa, certamente a borracha está ressecada e a palheta deve ser trocada. O reservatório de água do sistema também deve ser devidamente abastecido.
- Os pneus também precisam estar em forma para rodar sobre piso molhado. Repare se eles ainda têm os sulcos (responsáveis pela drenagem de água) com o mínimo de 1,6 milímetros ou já estão carecas. Um jeito fácil de aferir o estado dos pneus é procurar pelo TWI, que são indicadores colocados dentro dos sulcos. Se a banda de rodas igualar a altura com esse indicador, é sinal que já atingiu o sulco mínimo e o pneu deve ser substituído.
- Com os vidros fechados, certamente os vidros do carro vão embaçar. A melhor forma de desembaçar os vidros é ligar o ar-condicionado. Porém, se o veículo não tem esse equipamento, direcione a ventilação forçada para o para-brisa na força máxima, se possível com o ar quente. Não esqueça de conferir também os desembaçadores do vidro traseiro.
- Mesmo durante o dia é recomendável ligar os faróis na hora da chuva, que te ajudam a ver e ser visto. Para que eles sejam eficientes, devem estar limpos e regulados. Não se esqueça, os faróis de neblina devem ser usados apenas... na neblina!
Dicas para dirigir na chuva
- Ao volante, nunca se esqueça que o piso molhado reduz a aderência dos pneus. Então, diminua a velocidade, evite fazer manobras bruscas e aumente a distância em relação ao veículo da frente.
- Na cidade ou na estrada, as lâminas de água que cruzam o asfalto podem fazer com que o carro perca o contato com o solo e deslize sem controle. É a aquaplanagem. Pneus em bom estado e baixa velocidade costumam prevenir essa situação, porém, se for surpreendido pela aquaplanagem, mantenha o volante reto e reduza gradualmente a velocidade até que os pneus retomem contato com o piso.
- Se tiver que atravessar um trecho alagado, pare e analise a situação. Se a água estiver abaixo da metade das rodas, dificilmente você terá problemas com a entrada de água no motor. Porém, não deixe de considerar se outros veículos estão atravessando o mesmo trecho e formando ondas. Escolha uma marcha forte (primeira ou segunda) para que não seja necessário fazer uma troca no meio do alagamento. Esse procedimento vai evitar que a água entre pelo escapamento. Neste momento, para não “roubar” potência do motor, desligue ao menos o ar-condicionado. Também não é necessário acelerar em demasia, evitando que a rotação fique muito elevada, para não provocar a aspiração de água na admissão do motor. Se o carro desligar durante a travessia, não tente ligar de novo. Procure uma forma segura para sair do veículo e retirá-lo do local.
- Se a água do alagamento for sugada pelo sistema de admissão de ar ou pelo escapamento do veículo, existe grande chance de ocorrer o calço hidráulico. É quando a água invade a câmara de combustão e é comprimida pelo pistão, provocando o empenamento das bielas, o travamento do motor e um belo prejuízo.
- Depois de transpôr um trecho alagado, todo o sistema de freios fica molhado e perde sua eficiência. Para seguir em segurança, é preciso secar os componentes. Para isto, engrene uma marcha forte (primeira ou segunda) e rode por 30 segundos pisando fundo no acelerador com o pé direito e firme no pedal do freio com o esquerdo. O atrito entre as peças vai provocar calor, secando as pastilhas, discos, lonas e tambores.