A Ford anunciou que a nova “encarnação” do icônico Bronco já está pronta para a estreia, prevista para o segundo trimestre do ano. Apesar do fabricante tentar criar clima de mistério, existe grande chance de as linhas do novo modelo já terem vazado em novembro do ano passado, durante uma reunião com concessionários da marca, nos Estados Unidos.
O veículo da imagem seria uma versão alongada de quatro portas, com porte robusto e detalhes nostálgicos, como faróis circulares (agora em LED) e teto pintado em branco. Ainda haveria no radar da marca um “Baby Bronco”, com carroceria menor e duas portas, que usaria a plataforma do Focus.
O Bronco nunca foi vendido no Brasil, mas os curiosos por carros certamente já se encantaram com o visual rústico e diferentes configurações de carroceria da primeira geração, que foi a que ficou para a história. A Ford do Brasil nunca confirmou a possibilidade de trazer o SUV para cá, mas, com a estratégia de oferecer mais opções de utilitários-esportivos, ainda que caros como o Edge ST (por R$ 299 mil), não é de se duvidar que o modelo seja oferecido. Bom, mesmo com preço salgado, ninguém vai reclamar se ter esta opção no nosso mercado.
HISTÓRIA O Ford Bronco fez sua estreia em 1966 como um utilitário compacto, com 3,85 metros de comprimento, vendido com carrocerias fechada de três portas, picape e um jipinho aberto e sem portas. O acabamento era simples, mas o conforto podia ser ampliado com acessórios como tacômetro, rádio, engate de reboque, tanque auxiliar de combustível, guincho, equipamentos profissionais e de camping. Inicialmente o modelo trazia motor 2.8 de seis cilindros e transmissão manual de três velocidades. Depois veio a opção de um V8 conjugado com transmissão automática.
Os cromados da carroceria e a inscrição “Ford” em vermelho na grade faziam parte do pacote opcional Sport, de 1967, que depois virou item de série. Infelizmente a carroceria aberta saiu de linha em 1968 e a picape subiu no telhado em 1972, concentrando a produção na versão perua. Na segunda geração, lançada em 1978, o modelo cresceu – ganhando 71 centímetros no comprimento, 28cm na largura e 10cm na altura –, tendo como base a F-100 4x4 encurtada. Foi quando o jeitão de jipe cedeu espaço para o visual SUV, ainda atrelado às picapes.
Produzido em fibra, o teto rígido removível cobria apenas a área dos bancos traseiros. Pela primeira vez o Bronco passou a oferecer capacidade para seis passageiros, com banco inteiriço opcional dianteiro. O veículo estava disponível com motor V8 de 5.8 ou 6.6 litros. Curiosamente o Bronco de segunda geração durou só dois anos. A terceira geração veio em 1980, baseada na F-150, tendo conservado a distância entre-eixos de 2,64m. Além de ganhar suspensão dianteira independente, ele voltou a oferecer um motor de seis cilindros de 4.9 litros, ao lado do V8. Em 1982, o oval azul na grade dianteira substituiu a inscrição “Ford” no capô. Essa geração também foi montada e vendida na Austrália.
A quarta geração do Bronco foi lançada em 1987, acompanhando as mudanças da oitava geração da Série F, com vários aprimoramentos. A quinta e última geração do veículo é de 1992, de novo alinhada com a F-150. Por questão de segurança, a capota deixou de ser removível. Em 1996 a Ford anunciou o encerramento da produção do Bronco, fechando um ciclo de 30 anos. No Salão de Detroit de 2004, a marca apresentou o conceito da sexta geração do Bronco, com design inspirado no modelo original e baseado na arquitetura global da Ranger. No ano passado, a Ford homenageou os 50 anos da vitória do Bronco (devidamente preparado) na Mexican 1000, uma das competições off-road mais difíceis do mundo, com a apresentação do protótipo Bronco R, dando pistas de como será o novo modelo.