A Copa do Mundo de 2022 tem 32 países participantes, mas poucos deles estão entre os favoritos ao título. De acordo com as estimativas da equipe site Superesportes, são no máximo 10 postulantes reais ao título: Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Portugal e Uruguai. E, além de craques nas respectivas seleções, essas nações também têm ícones quando o assunto é carro.
Os carros mais icônicos dos países favoritos na Copa do Mundo 2022
O VRUM enumerou um carro icônico fabricado em cada um desses 10 países favoritos ao título da Copa do Mundo de 2022, disputada no Catar. A relação traz modelos de diferentes momentos históricos, e não apenas os atuais: afinal, os grandes craques são imortais, certo? Confira o listão!
1- Alemanha: Porsche 911
A Alemanha é um verdadeiro celeiro de ícones, tanto no futebol quanto na indústria automobilística. Afinal, o país já venceu quatro vezes Copa do Mundo (na mais recente, em 2014, ainda aplicou a história goleada de 7 a 1 no Brasil) e concentra alguns dos fabricantes mais tradicionais do planeta, entre as quais Mercedes-Benz e BMW.
Entretanto, o craque de todos os tempos entre os carros alemães é, possivelmente, o Porsche 911. Verdadeiro velocista, o modelo surgiu em 1964 e já está na oitava geração, mas nunca perdeu a ótima forma física.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre a penúltima geração do Porsche 911 Turbo S:
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2- Argentina: IKA Torino
Já ouviu falar nas Indústrias Kaiser Argentina, ou simplesmente IKA? Trata-se de uma fabricante cuja origem está ligada à estadunidense Kaiser: na terra natal, essa empresa passou por uma fusão e se transformou em American Motors Corporation (AMC). Já no país latino-americano, os rumos foram distintos, com direito a grande participação local e até ao desenvolvimento de produtos próprios.
Um desses modelos foi o Torino, lançado em 1966. Com belo design italiano e potente motor estadunidense de seis cilindros, ele tornou-se ícone da indústria do país. Tanto que a IKA foi comprada pela Renault em 1975, mas a produção do esportivo durou até 1981. Um craque à altura da seleção da Argentina daquele período, que, justamente em 1978, venceu pela primeira vez a Copa do Mundo.
3- Bélgica: Gillet Vertigo
Apontada como uma das seleções mais fortes da Copa do Mundo, a Bélgica pode levantar a taça pela primeira vez em 2022. Na última edição do torneio, em 2018, o país obteve a melhor posição de sua história: um terceiro lugar. Porém, se com a bola o país só começou a colher bons resultados recentemente, com as rodas as conquistas são mais expressivas.
O país abriga multinacionais como Audi, Renault e Volvo. Porém, o orgulho nacional nesse sentido é a empresa local Gillet. Ela produz esportivos artesanalmente, mas com foco totalmente voltado para a utilização em pistas de corridas: afinal, o fundador Tony Gillet é ex-piloto. O carro-chefe é o Vertigo, que, quando equipado com um motor V8 Maserati, desenvolve 420cv de potência.
4- Brasil: 'Puminha'
Atualmente, a seleção brasileira de fabricantes de veículos é majoritariamente composta por integrantes estrangeiros. Uma das poucas marcas nativas sobreviventes é a Agrale, que produz caminhonetes e veículos off road. Porém, ao longo da história, já existiram vários nomes de peso no país, entre os quais Gurgel e Troller.
A tarefa de escolher o maior craque da história é bem difícil, mas os carros da Puma são merecedores. Afinal a fabricante de esportivos era sonho de consumo nas décadas de 1970 e 1980. E, embora a empresa tenha produzido o potente cupê GTB, com motor de seis cilindros, os modelos mais icônicos são os equipados com mecânica 1.600 de origem Volkswagen, apelidados de "Puminhas".
5- Espanha: Seat 600
Os espanhóis têm muito orgulho da seleção local, conhecida como Fúria, campeã da Copa do Mundo de 2010, e da marca de carros Seat. O público brasileiro teve contato com a empresa na década de 1990, quando ela vendeu por aqui, via importação, os modelos Córdoba e Ibiza. Atualmente, o craque desse time é o Leon Cupra, um belo esportivo com potência de 310cv.
Porém, o maior ídolo da história da instituição é, provavelmente, o pequeno 600, cujo mérito está na popularidade. Afinal ele é uma espécie de Fusca da Espanha, responsável por motorizar o país: a produção, iniciada em 1957, só terminou em 1973. Assim como toda a linha da marca da época, o modelo tinha projeto Fiat. Mas vale lembrar que, desde 1986, a empresa integra o Grupo Volkswagen.
6- França: Alpine A110
Outra que tem grandes nomes nas pistas e nos campos é a França, que disputa com a Alemanha a paternidade do automóvel. Os adversários alegam que o inventor foi Karl Benz, em 1886, enquanto os "bleus" citam Édouard Delamare-Deboutteville, em 1883. Há ainda os austríacos, que correm por fora e atribuem a invenção a Siegfried Marcus, em 1870. Seja como form o fato é que o país tem tradição.
É possível escalar uma seleção inteira de ícones franceses sobre quatro rodas, como Citroën 2CV, Renault 5 Turbo e Peugeot 203. Porém, o bola de ouro dessa lista talvez seja o Alpine A110, que atuou entre 1963 1977 e conquistou títulos importantes, como o Campeonato Mundial de Rally. Em 2017, o modelo ganhou uma nova geração. Eis um craque à altura de Zinedine Zidane, Michel Platini e Kylian Mbappé.
7- Holanda: Spyker C8
Ao menos por enquanto, a Holanda não tem títulos na Copa do Mundo, mas já passou perto de conquistá-lo várias vezes: já obteve três vice-campeonatos e um terceiro lugar. Na indústria automobilística, o país também tem tradição, especialmente nos segmentos de veículos pesados, com a marca DAF, e no de esportivos, com a Spyker.
Além de motores muito potentes, os supercarros da Spyker têm produção artesanal e interiores bastante exóticos, devido à utilização de elementos náuticos e aeronáuticos. O maior exemplo da filosofia de jogo da fabricante é o superesportivo C8, impulsionado por motores V8 provenientes da Audi. Nas versões mais potentes, o bólido entrega nada menos que 630cv.
8- Inglaterra: Jaguar E-Type
Tanto no futebol quanto nos carros, a Inglaterra tem tradição, mas as grandes glórias estão distantes no passado. O título do país na Copa do Mundo data de 1966: coincidência ou não, o fato é que, a partir da década seguinte, a indústria local entrou em decadência, com a falência de marcas tradicionais como Rover, Morris, Austin, MG e AC.
Porém, o país ainda tem algumas casas icônicas, como Rolls Royce, Bentley, Land Rover e, claro, a Jaguar. Essa última marca, aliás, produziu o esportivo E-Type, que, provavelmente, foi o mais icônico carro inglês de todos os tempos. O design foi elogiado até pelo concorrente Enzo Ferrari. A produção foi de 1961 a 1974: viu como o ápice dos britânicos ocorreu ao mesmo tempo para os carros e o futebol?
9- Portugal: Renault 4L
Se fosse um jogador de futebol, o 4L estaria para os portugueses assim como Ronaldinho Gaúcho está para o Brasil: um craque que encanta pelo talento, mas nem tanto pela aparência. Por aqui, vestindo a camisa 11, o atleta se tornou um dos heróis do Penta, na Copa do Mundo de 2002. Já em Portugal, o carrinho da Renault carrega a glória de ter sido um dos pioneiros da indústria automobilística local.
Apesar de ter nascido na França, esse craque se adaptou muito bem a Portugal e acabou se naturalizando por lá. Afinal, para muitas famílias lusitanas, o 4L foi o primeiro meio de transporte motorizado. Barato, prático, robusto e descomplicado, ele caiu no gosto de consumidores e foi produzido localmente de 1964 a 1989. Até hoje, a Renault fabrica veículos no país.
10- Uruguai: Citroën Méhari
Na falta de um atleta nativo, o craque da seleção uruguaia tem origem francesa, mas foi naturalizado no país platino. É o Méhari, um jipinho que compartilha a plataforma e a mecânica com o icônico modelo Citroën 2CV. Por lá, a produção do modelo ficou a cargo da empresa local Nordex, que ainda existe e, hoje, produz, entre outros modelos, a van Transit, graças a um acordo com a Ford.
É claro que, ao ganhar nacionalidade latina, o Méhari adotou algumas características próprias de atuação. A mais marcante é a carroceria, que no país de origem era feita de plástico ABS, mas, no Uruguai, passou a ser de fibra de vidro. Entre 1971 e 1987, cerca de 14 mil unidades ganharam as ruas do país vizinho. Até hoje, o jipinho tem um verdadeiro fã clube, que exalta a robustez da mecânica e do projeto.
Bônus- Itália: Ferrari F40
A Itália não está disputando a Copa do Mundo em 2022, mas entrou como bônus no listão devido à tradição tanto com a bola no pé quanto com o volante nas mãos. Vale lembrar que, além de deter quatro títulos mundiais no futebol, o país está relacionado a algumas das mais famosas fábricas de automóveis do mundo, entre as quais Lamborghini, Maserati, Lancia, Alfa Romeo e Fiat.
Porém, entre todas elas, nenhuma supera a Ferrari em triunfos nas pistas. Existem vários craques vitoriosos na história da casa italiana, mas, se for para escolher apenas um, talvez o mais justo seja mencionar o modelo F40. O bólido ganhou as ruas em 1988, mesmo ano em que Enzo Ferrari morreu: o projeto foi o último a ter intervenções pessoais do comendador.
O VRUM já dirigiu uma Ferrari 308 GTS: assista ao vídeo!