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Descontos para carros populares devem durar um mês, segundo Anfavea

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores informou que as reduções devem acabar bem antes do prazo previsto

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Kwid é, atualmente, o carro zero-quilômetro mais barato do Brasil
Kwid é, atualmente, o carro zero-quilômetro mais barato do Brasil Foto: Kwid é, atualmente, o carro zero-quilômetro mais barato do Brasil

Em nota emitida na terça-feira (6), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que a nova Medida Provisória (MP) do governo que estipulou os descontos para carros populares deve durar somente por um mês. 

O programa foi anunciado na segunda-feira (4), determinando reduções de R$ 2 mil a R$ 8 mil nos valores de veículos dentro dos critérios estabelecidos (preço de tabela de até R$ 120 mil, baixo índice de poluição e considerável porcentagem de peças produzidas nacionalmente). 

Para isso funcionar, o governo destinou uma verba de R$ 500 milhões, que foram repassados, em forma de créditos tributários, às montadoras, as quais, em troca, reduziram os preços de alguns de seus modelos – os, então, "novos populares". 

Como resultado desta MP, que entrou em vigor nesta semana, algumas montadoras já anunciaram reduções consideráveis em seus portfólios, como a Jeep com o Renegade, a Renault com o Kwid, a Volkswagen com o Polo, entre outras.

Entretanto, pelo visto, como projetado pela Anfavea, o recurso (os R$ 500 milhões) deve ser esgotado já no próximo mês, muito antes do prazo de quatro meses previsto pela MP. Durante esse período, ainda segundo a associação, cerca de 100 mil a 110 mil carros populares deverão usufruir dos descontos.

MP não vai envolver apenas carros populares

Além dos R$ 500 milhões destinados apenas aos descontos de carros populares, outros R$ 700 milhões estão sendo repassados para montadoras baratearem caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus também terem preços reduzidos. No caso desses veículos, o prazo para esgotamento desse teto (um total de R$ 1 bilhão) deve ser superior.

Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, as montadoras precisam, de fato, disputar para conquistar clientes e vender mais carros populares – ou demais veículos – durante esse período.

"Tem uma disputa natural para ver quem consegue vender mais neste momento. A questão comercial vai ter impacto significativo, a partir de hoje as concessionárias começam a brigar pelos seus clientes e para efetivar as vendas no menor tempo possível, para que os R$ 500 milhões sejam distribuídos da forma melhor para as montadoras"

Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea

Além disso, Márcio Leite pontuou que o programa, embora seja curto, traz um ânimo para todo o ecossistema automotivo e coloca um foco sobre um setor que tem potencial para "gerar incontáveis benefícios à sociedade brasileira de forma geral".