Na linguagem do meio automotivo, aquele carro com direção pesada, difícil de manobrar, é chamado de queixo-duro por exigir força em demasia nas manobras. Por isso, já na década de 1950, os carros contam com direção assistida. Pudera, pense como seria fazer uma baliza naquelas 'banheiras' americanas! Hoje existem outros sistemas para amenizar o esforço do motorista. A direção-hidráulica é a mais difundida delas, mas existem também as direções eletro-hidráulica e a elétrica.
HIDRÁULICA Segundo Francisco Satkunas, da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), o tipo de direção assistida que predomina no mercado ainda é a hidráulica. Ela funciona a partir de uma bomba, alimentada pelo movimento de uma correia ligada ao motor. Esta bomba faz o óleo do sistema circular. Assim, quando o motorista vira o volante, este óleo sob pressão atua no mecanismo de direção do veículo, reduzindo a força a ser empregada.
A desvantagem da direção hidráulica é que, como a bomba é movimentada pela força do motor do carro, quando a assistência atua são 'roubados' de 3 a 4cv de potência. Não é tanto comparado com o ar-condicionado, que toma emprestado nada menos que 10cv, mas em um motor pequeno pode fazer falta. A vantagem é que se trata de um conjunto relativamente barato, custando cerca de R$ 300 para o fabricante do carro.
ELETRO-HIDRÁULICA De acordo com Satkunas, a eletro-hidráulica é um segundo estágio da evolução da direção assistida. Datado da década de 1990, este sistema é muito parecido com o hidráulico. A diferença é que, em vez de ser 'tocada' pelo motor do carro, a bomba hidráulica é acionada por um motor elétrico. No mais, a 'mão na roda é dada da mesma forma que a hidráulica, ou seja, quando o volante é movimentado o óleo sob pressão entra num cilindro localizado na cremalheira, movimentando um pistão, que ajuda a virar as rodas. A vantagem deste sistema é que não rouba potência do motor. A desvantagem é o preço, cerca de três vezes mais caro que o hidráulico puro.
ELÉTRICA A direção elétrica é um pouco mais recente. Ela começou a ser usada em veículos pequenos, com motores de baixa potência, justamente porque não 'rouba' força do motor (por meio de correias), mas principalmente devido ao menor custo em relação ao sistema eletro-hidráulico. Trata-se de um sistema bem mais simples e leve, já que elimina o óleo, a bomba, o reservatório de óleo e mangueiras. Ao ser acionado, o volante envia sinal para um módulo eletrônico que aciona o motor elétrico, auxiliando o motorista.
EM CASO DE PANE... Se, por algum motivo, alguma dessas assistências falharem o carro não fica sem controle. O sistema de direção é composto por um mecanismo e, por mais que a direção fique dura, as rodas vão responder ao comando do volante.
Emílio Camanzi explica mais sobre a diferença dos tipos de assistência na direção!
RESUMINDO
Hidráulica
Mais acessível,
porém demanda
força do motor.
Eletro-hidráulica
Não 'rouba' força
do motor, mas
é cara.
Elétrica
Mais leve e simples, não demanda força do motor e não é tão cara quanto a eletro-hidráulica.