A Audi apresentou à imprensa especializada o super esportivo R8 GT na pista da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Somente três unidades de um total de 333 fabricadas no mundo foram destinadas ao Brasil, já comercializadas para felizardos do Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba por R$ 1 milhão.
O motor V10, de 5.2 litros, gera 560cv a 8.000rpm e um torque excepcional de 51,1kgfm a 6.500rpm. O peso é de 1.525kg, 100 quilos mais leve que a versão convencional. A redução de peso inclui bancos 31,5kg mais leves, 2kg a menos pela não aplicação do verniz na pintura, para-brisa de menor espessura, etc. A sua aceleração e retomadas de velocidade é brutal, atingindo 100km/h em apenas 3,6 segundos, e a velocidade máxima é de 320km/h.
Tive o privilégio de acelerar um automóvel verdadeiramente esportivo e sentir emoções desconhecidas. Primeiramente, ao entrar no habitáculo com roll-bar e assentar no banco de competição, tendo o meu corpo fixado por cintos de três pontos. Colocados o capacete e as luvas, liguei o motor, que tem uma sonoridade de escutar de joelhos em qualquer faixa de rotação. O cenário preparado pela Audi foi uma pista com 5 quilômetros de extensão, 100m de largura e um asfalto impecável, onde teríamos mais ou menos 1.400m de segurança para a desaceleração, além de ambulância, bombeiros e helicóptero.
O percurso até a cabeceira da pista era de cerca de 3.500m e já presumia o que estava para acontecer, fazendo pequenas acelerações e sentindo a disposição do conjunto motopropulsor. Senti-me 30 anos mais jovem. Dada a largada, cravei o pé no acelerador e fui trocando as marchas sequencialmente por meio das aletas incorporadas ao volante: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª todas a 8.000rpm e espetei a 6ª, o ponteiro beirava os 280km/h e continuava a crescer. Concentrei-me para manter o carro no centro da pista, onde iniciou um pequeno e controlável movimento transversal no sentido de movimento. Num piscar de olhos conferi a rotação que já estava em 8.000rpm, que é a correspondente de potência máxima. A sensação de velocidade era fabulosa e o fim da pista sumia no horizonte. A essa altura, a minha pressão sanguínea girava alta, os pneus aro 19, nas medidas 235/35 ZR (dianteiro) e 305/30 ZR (traseiros) com índice de velocidade Y, montados em rodas aros de 8,5 e 11 polegadas, respectivamente, foram eficientes e seguros.
Ao passar pela cabine de cronometragem, com sensores a laser instalados do lado direito da pista, o velocímetro indicava 325km/h, e começava a terminar uma experiência inesquecível. O sistema de freios, com enormes discos de cerâmica com fibra de carbono e potentes pinças, proporcionou desaceleração uniforme com espaço percorrido até a imobilização muito bom e trabalhando junto com a redução das marchas. Terminava então um dia especial, cheio de emoções, que ficará guardado para sempre.