O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o Programa Nacional da Racionalização do Uso dos
Derivados do Petróleo e do Gás Natural (Conpet) divulgaram a lista com os resultados da quarta edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. Desde 2008 o programa propõe o uso de etiquetas que informam a eficiência energética de determinados modelos e versões para que o consumidor possa se orientar antes de comprar um carro. A participação dos fabricantes é espontânea.
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Ao todo 105 modelos participaram desta edição, o que, de acordo com o Inmetro, corresponde a 55% do volume de modelos disponíveis no mercado nacional. Para ter noção do crescimento, a última edição do programa contou com 67 modelos. Uma boa novidade é que agora o uso da etiqueta será obrigatório, evitando a omissão dos que ficaram mal classificados. Dois novos segmentos, utilitários-esportivos e monovolumes, estreiam no programa. Os fabricantes que participaram desta edição são Fiat, Ford, Honda, Kia, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen.
Estranho é o Inmetro bater no peito para falar que a classificação dos modelos, dentro das categorias que têm mais de 10 representantes, ficará congelada por três anos. Na prática isso significa que esses modelos não serão avaliados durante três anos. Será que isso é bom? O Inmetro também promete para a etiqueta de 2013, que será divulgada em novembro, informar também as emissões de CO2.
SUBCOMPACTO Enquanto o Mille Fire ficou com nota A, o Mille Way recebeu classificação C porque tem a suspensão mais alta, característica que oferece maior resistência do ar. O Novo Uno também proporcionou uma reflexão interessante. Diferentemente do consenso popular, a versão Vivace 1.4 (nota A) se deu melhor que a Economy 1.0 (nota B). Já a versão Attractive 1.4, mais equipada e mais pesada, ficou com nota D. Ajudou a piorar a nota as medições terem sido feitas usando o ar-condicionado, além de o modelo ter direção hidráulica. Outro destaque foi que as versões automáticas ou automatizadas alcançaram as mesmas notas que as manuais, casos do Fiat 500 (C) e do Kia Picanto (C).
COMPACTO Já com o Honda Fit, o tipo de transmissão fez a diferença. Na motorização 1.4 com câmbio manual o modelo ganhou A e na automática D. Parece que a combinação de ar-condicionado e direção hidráulica faz mesmo a diferença, já que o Siena com o mesmo motor foi avaliado nas duas condições e o mais “pelado” ganhou nota A e o mais equipado levou C. Novidade no mercado, o Novo Palio ganhou nota B tanto com motor 1.0 quanto com 1.4. Quem preparou os modelos especialmente para economizar combustível obteve sucesso: os VWs Gol Ecomotion e Polo BlueMotion levaram A, enquanto seus pares com mesma motorização ficaram respectivamente com B e E.
MÉDIO O único que levou classificação A foi o Renault Logan 1.0, porém o modelo foi o único a competir com motor 1.0 e sem o uso do ar-condicionado.
GRANDE O “mocinho” entre os grandes é o Fusion Hybrid, modelo que combina motores elétrico e a combustão. Entre os convencionais, destaque para o Honda Civic 1.8 manual, Renault Fluence 2.0 manual e Toyota Corolla 1.8 manual e automático, que ganharam nota A. Na berlinda ficou a Peugeot, com todos os seus representantes (3008, RCZ, 308CC e 408) levando nota D.
UTILITÁRIO-ESPORTIVO Categoria estranha, reúne os modelo aventureiros da Fiat com utilitários- esportivos de fato. O mais bem colocado foi o Renault Duster 2.0 4x2, com nota B.
FORA DE ESTRADA Deu o Duster de novo, porém na versão 2.0 4x4, com nota A. Em seguida ficaram Ford Ecosport 4WD e Toyota RAV4, ambos com nota C.
MONOVOLUME Só o Fiat Doblò concorre nesta categoria, nota C.
COMERCIAL O Renault Kangoo 1.6 ganhou classificação A, o Doblò Cargo 1.4 nota B e a VW Kombi 1.4 ficou com C.
CARGA DERIVADO A VW Saveiro 1.6 foi a única que levou A. A rival Fiat Strada teve uma nota B e três C. A Courier também levou C.