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Confira quem mais exporta carros elétricos para o Brasil

País ainda não produz carros elétricos, mas essa realidade deve mudar a partir da chegada das chinesas BYD e GWM

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Renault Kwid E-Tech é fabricado na China
Renault Kwid E-Tech é fabricado na China Foto: Renault Kwid E-Tech é fabricado na China

De acordo com um levantamento da Elev, empresa que desenvolve soluções de mobilidade elétrica, a China é a origem de mais da metade dos carros elétricos importados para o Brasil entre janeiro de 2017 e agosto de 2023. Dos 62.340 veículos do tipo importados nesse período, 32.083 unidades (o que corresponde a 51,5% o volume total) vieram da China.

Em valores monetários, o custo total desses carros elétricos foi de 619,15 milhões de dólares, cerca de R$ 3 bilhões. Porém, a fatia desse bolo destinada aos chineses foi de 125,81 milhões de dólares (algo em torno de R$ 600 milhões), o que corresponde a 20,3%. Ou seja, apesar do alto volume de veículos, o valor apurado não é proporcional.

Quem mais vende carros elétricos para o Brasil?

O segundo país que mais vendeu carros elétricos para o Brasil foi a Índia, somando 16.481 unidades, ou 26% do total comercializado no período citado. Depois vêm: Bélgica, com 5.884 veículos; Alemanha, com 2.564 unidades; Reino Unido, 1.354; Suíça, 1.535; França, 1.078; e Estados Unidos, 889 unidades.

O Brasil ainda importou carro elétricos de países como Argentina, Áustria, Cingapura, Colômbia, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Hungria, Itália, Japão, México e Taiwan, que, juntos, exportaram 672 unidades para o Brasil. As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Brasil ainda não fabrica elétricos

Segundo o levantamento da Elev, o Brasil importa carros elétricos desde 2017, quando chegaram 50 unidades, sendo 25 vindas da China, 22 da França e 3 dos Estados Unidos. Mesmo hoje o Brasil ainda não produz carros elétricos.

No entanto, isso está prestes a mudar com a chegada da BYD na Bahia (na planta de Camaçari, antiga Ford) - com investimento anunciado de R? 3 bilhões e a criação de 5 mil empregos - e a GWM em São Paulo (em Iracemápolis, planta que pertencia à Mercedes-Benz). Um fator que pode acelerar esse processo é o retorno do imposto de exportação para os carros elétricos.