Termina nesta sexta-feira (03) a 20ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação - Agrishow -, que mostrou ao público em Ribeirão Preto (SP), as novidades do mundo dos agronegócios, entre elas, vários produtos do setor automotivo e aeronáutico.
Num país de dimensões continentais, como o Brasil, a aviação executiva tem sido uma importante ferramenta para viabilizar negócios, já que a oferta de voos comerciais atende a aproximadamente 130 destinos no território nacional. Não por acaso, a frota brasileira de aeronaves privadas chegou a 13.094 em 2011, a segunda maior do mundo, de acordo com a Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG).
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Para suprir a demanda da aviação privada, existem, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil, a ANAC, cerca de 2.530 aeródromos públicos e privados no Brasil. Como apenas 700 dessas pistas são pavimentados, aviões com motores a pistão ou turboélices – aeronaves mais versáteis, capazes de operar em superfícies de grama, cascalho e areia – têm conquistado cada vez mais a preferência dos empresários, principalmente dos que operam no setor do agronegócio.
Segundo o diretor de vendas de aeronaves da Líder Aviação, Philipe Figueiredo, o Brasil está entre os maiores compradores desses tipos de aeronaves no mundo. Para ele, a preferência por aeronaves a pistão e turboélices reflete a realidade nacional. “A aviação comercial ainda não consegue atender a várias regiões que são cada vez mais relevantes para a economia nacional. Por isso, esses modelos surgem como uma ótima alternativa para empresários que possuem negócios em localidades remotas”, explica o executivo.
Em 2011, conforme números da ABAG, o número de aviões a pistão ou turboélices em operação no Brasil era de 10.753 – o que corresponde a 82% da frota nacional. Com modelos que transportam até 12 pessoas e atingem velocidade de até 570 km/h, alguns desses aviões têm desempenho e preço bastante semelhantes ao de um jato leve, mas levam vantagem no quesito versatilidade de operação.
Representante exclusiva da norte-americana Beechcraft Corporation, a Líder Aviação possui um portfólio de aeronaves que atendem às mais diversas necessidades dos clientes. Um exemplo, segundo Philipe Figueiredo, é o Baron G58, que já foi negociado na 20ª edição da Agrishow, maior feira agrícola da América-Latina. “Com mais de sete mil aeronaves vendidas no mundo, o Baron G58 é exemplo de performance, confiabilidade, robustez estrutural e versatilidade. Sua flexibilidade operacional inclui a capacidade de operar em pistas curtas e não-pavimentadas, que são a grande maioria no Brasil. Por isso, é um dos preferidos do Agronegócio”, explica o diretor de vendas da Líder Aviação.
Durante a feira, a Lider vendeu duas aeronaves, totalizando US$ 5,210 milhões em negócios. O primeiro comercializado foi um King Air C90 GTX, por US$ 3,8 milhões. Também foi vendido um Baron G58, por US$ 1,410 milhões.
Carros
Entre os 790 expositores, estavam os de empresas automobilísticas, que acabam vendo na Agrishow uma ótima oportunidade de negócios. Além da picape S10, a Chevrolet colocou em seu estande o Camaro. Mas o foco das montadoras no evento foi mesmo o público 'agro', por isso, as caminhonetes foram as vedetes. Toyota e Ford montaram pistas exclusivas para o test-drive off-road do Hilux, Hilux SW4 e Ranger.