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Fiat Doblò - Disfarçando a esquisitice

Ligeira alteração de estilo e motor 1.4, que é fraco para o modelo

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Foto:

No filme publicitário de apresentação do face lift do Fiat Doblò um locutor diz que o "esquisito" carro conquistou o brasileiro. Questionado se a mudança de visual é uma tentativa de se livrar da pecha de trambolho, o presidente da Fiat, Cledorvino Belini, escapa pela tangente, apelando para o significado de palavras parecidas com o adjetivo em outras línguas. Não adianta, o Doblò é uma solução para o mercado nacional e o "esquisito" se evidencia, em bom português, quando comparado com o modelo italiano, realmente reestilizado - somente para o mercado europeu -, que teve as imagens divulgadas também esta semana.

O chefe da equipe de designer da Fiat, Peter Fassbender, detalha os esforços para deixar o multiuso com traços mais suaves. O melhor ângulo do carro é frontal e aonde o trabalho pode ser percebido facilmente. A grade, para-choque e faróis compõem interessante conjunto, que somente com a mudança dos ângulos deu certa jovialidade ao veículo, lançado no mercado nacional em 2001. Nos últimos oito anos, foram lançadas diversas versões e séries especiais, sendo que a Adventure se tornou o carro-chefe, tanto que representa mais da metade das vendas.

Veja mais fotos do Fiat Dobló remodelado!

A versão aventureira também recebeu mudanças, tanto na frente quanto no suporte do estepe na traseira, que destaca o emblema da montadora. Na dianteira, a inspiração para os plásticos verticais que cruzam o para-choque veio da curvatura da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, de Brasília, projetada por Oscar Niemeyer. Apesar de tudo isso, quando perguntado qual é o mais bonito, entre o repaginado Doblò fabricado em Betim e a segunda geração do modelo feita para o mercado europeu, Fassbender disse, meio sem graça, que é o europeu.

Além do lift facial, a multivan também ganhou a opção de motor 1.4 flex



Regime

Porém, se o belo não chegará, o "esquisito", de cara nova, recebeu mais uma opção de motor, o 1.4 flex, que já equipa outros modelos da montadora. Apesar do circuito de teste incluir apenas retas à beira-mar, é possível notar que o motor não é suficiente para o tamanho e peso do multiuso. A versão 1.4, a mais simples, pesa 1.250kg e a 1.4 ELX, 1.300kg. Como base de comparação, o Siena 1.4, equipado com o mesmo motor, pesa 1.076kg, ou seja, 174kg a menos que a versão mais leve.

Além disso, é preciso considerar que a proposta do Doblò é levar até sete passageiros, tanto que a versão mais simples tem capacidade de carga máxima de 560kg. Se alguém tem uma família numerosa, mas que não está em boa forma física, a motorização espartana não é uma boa opção, pois o peso médio de cada passageiro deve ser 80kg, isso sem considerar a bagagem. No Adventure Locker a capacidade de carga é ainda menor: 490kg. O que obriga a quem quer levar sete pessoas a diminuir o peso médio para 70kg.

O motor 1.4, que rende 85cv (gasolina) e 86cv (álcool), tem desempenho bem inferior ao1.8, que continua equipando a linha e tem potência de 112cv (g) e 114cv (a). A diferença também é ressaltada no torque. O 1.4 tem torque máximo de 12,4kgfm (g) e 12,5kgfm (a), sempre a 3.500rpm. Já no motor 1.8, o torque é de 17,8kgfm (g) e 18,5kgfm (a), porém com um giro menor, de 2.800rpm.

Perfumaria

As seis versões têm diversos opcionais e itens de séries, além de novas texturas de tecidos dos bancos, novas opções de cores e recursos. Destaque para detalhes do tipo bússola e clinômetro na versão Adventure Locker, porém itens de segurança primordiais, como ABS e airbag, não são de série em nenhuma versão.

Preços
A versão Cargo é a mais barata, com motor 1.4 (R$ 38.680) e 1.8 (R$ 43.320). Na sequência, os novos 1.4 (R$ 48.950) e 1.4 ELX (R$ 52.540). Por fim, as versão com motor 1.8 HLX (R$ 54.670) e a mais vendida, Locker Adventure (R$ 59.680).

Veja a segunda geração do Fiat Dobló na Europa!.