Ferrari, a cinebiografia do fundador da marca italiana, Enzo, terá enfoque realista e não poupará detalhes. É o que declarou o diretor da obra, Micheal Mann, durante uma entrevista ao site Variety. O detalhe é que esse nível de explicitude do filme, cuja estreia global está marcada para o próximo dia 25 de dezembro, inclui também violentos acidentes registrados durante corridas na década de 1950.
A produção recriou, inclusive, o maior acidente da história do automobilismo, conhecido como "a tragédia de Le Mans". Em 1955, o monoposto Mercedes-Benz de Pierre Levegh decolou em uma colisão e atingiu as arquibancadas do autódromo francês. Ao todo, 84 pessoas morreram, incluindo o piloto. Mann chegou a conversar com um sobrevivente no intuito de mostrar esse episódio de maneira meticulosa.
Ainda de acordo com o diretor, a maior parte do filme se passa em 1957. Aquele ano foi particularmente difícil para Enzo Ferrari: além do luto pela morte recente do filho, Alfredino, o comendador tentava tirar a própria empresa de dificuldades financeiras e ainda escondia da esposa um filho, fruto de um relacionamento extraconjugal.
Para completar, o ano de 1957 ficou marcado por acidentes fatais envolvendo carros de corrida da scuderia. Em um deles, o jovem piloto Eugenio Castellotti morreu após uma das rodas do bólido que ele dirigia simplesmente se soltar durante testes no autódromo de Modena. Todo esse contexto histórico dá contornos dramáticos à vida de Enzo Ferrari e, consequentemente, ao filme.
Ideia de gravar filme sobre Enzo Ferrari não é nova
Mann revelou que a obra está em pré-produção há cerca de três décadas, mas existiam dúvidas sobre a viabilidade financeira da empreitada. Só recentemente, após o aumento da popularidade da Fórmula 1 nos Estados Unidos e do sucesso do filme Ford vs. Ferrari, Hollywood decidiu investir US$ 95 milhões (cerca de R$ 463 milhões) para gravar a cinebiografia do comendador.
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