A Ford anunciou que está encerrando suas operações na Rússia após sete meses de paralisação. O movimento acontece em meio à guerra na Ucrânia, que se iniciou em março.
No início do conflito, várias montadoras estrangeiras, incluindo a Ford, haviam interrompido as operações no país. A multinacional norte-americana não demorou: assim que o conflito se agravou, tratou logo de suspender as fabricações e o fornecimento de peças, além de paralisar os setores de informática e engenharia.
“Nós, da Ford, estamos profundamente preocupados com a invasão da Ucrânia pela Rússia e a segurança do povo ucraniano”, escreveu o CEO da empresa, Jim Farley, na época. “Com efeito imediato, a Ford está suspendendo nossas operações na Rússia e tomando medidas para apoiar o Fundo Global de Ajuda à Ucrânia”.
Ford anunciou venda de seus ativos na Rússia
A Ford anunciou hoje (26/10) que está vendendo seus ativos para a joint-venture Sollers Ford, empresa criada em 2011 pela própria marca americana em conjunto com a fabricante russa Sollers JSC. Assim como foi feito pela Renault, o valor da venda é simbólico e abre margem para que as ações sejam compradas de volta nos próximos cinco anos, "se as condições geopolíticas melhorarem".
Agora, toda a operação ficará nas mãos dos russos. Três fábricas produziam os veículos da Ford na Rússia por meio da joint-venture e, até o início do ano, eram vendidos no país os modelos Focus, Mondeo, EcoSport, Fiesta, Explorer e Transit.
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