As imagens da 11ª geração do Honda Civic vazaram na China, confirmando tudo o que um protótipo apresentado no final de 2020, além de imagens de patente, adiantaram. De forma geral, o sedã ganhou linhas mais comportadas, contrastando com a geração vendida atualmente, com contornos bem mais ousados. O design confirma uma tendência observada nas últimas gerações, onde as pares tendem a ser mais agressivas, enquanto as ímpares são mais recatadas.
Mas, calma, o Civic não vai se transformar em um antigo Toyota Corolla. O porte continua remetendo a um sedã de teto arqueado, que quase sugere um cupê, mas os detalhes, os arremates, é que aliviam a pressão. Para começar, os vincos presentes em toda a carroceria estão menos marcados. Na dianteira, destaque para o prolongamento da parte central do capô, bastante avançada, além da enorme grade inferior. Os faróis estão mais longos e invadem as laterais.
Na traseira, sim, o Civic fica definitivamente mais comportado, com lanternas horizontais entrando no lugar das ousadas em formato de bumerangue. A unidade das fotos pode pertencer a uma versão esportiva, já que não traz cromados, com a maioria dos detalhes em preto, tem as rodas escurecidas e ostenta um belo teto solar. Enfim, as imagens vazadas sugerem que a nova geração do Civic está pra lá de sem sal. Vamos torcer para que esta impressão seja culpa da pintura branca e dos ângulos das fotos, já que o Civic Prototype laranja divulgado em novembro parecia bem mais promissor.
Como as imagens foram obtidas a partir do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, para a homologação, também foram divulgadas as medidas do novo Honda Civic: 4,67 metros de comprimento (mais 3 centímetros), 1,80m de largura (%2b1cm), 1,42m de altura (-2cm) e 2,74m de distância entre-eixos ( 3cm). Ainda não se sabe como ficará o interior do sedã, assim como os conjuntos mecânicos disponíveis para esta nova geração.
NO BRASIL Diversos fatores levantam a incerteza de que a nova geração do Civic seja fabricada no Brasil. Apesar do visual da décima geração ter agradado a todos, o modelo nunca chegou perto de tomar a liderança do Toyota Corolla. O próprio segmento dos sedãs médios vem perdendo força, a exemplo dos hatches médios, que está prestes a desaparecer. O principal culpado é o segmento dos SUVs, que, devido a seu maior valor agregado, é estimulado pelos fabricantes, que nesta hora se esquecem de legados e tradições (veja a Toyota e seu novo Corolla Cross).
Especula-se que a nova geração do Honda City, que deve trazer ainda um hatchback compacto a tiracolo, será o sucessor do Civic no mercado brasileiro. Desta forma, o sedã médio passaria a vir como um importado. O que não fecha essa conta é que, se não vier do México ou Argentina, o modelo vai pagar imposto de importação (35%). Isso sem contar que o Real está extremamente desvalorizado, fatores que dificultam a importação do modelo e abrem uma terceira opção: a do Civic simplesmente deixar de ser vendido no Brasil.