Se carro vende pela beleza, alguns modelos citados aqui deixaram de ser fabricados justamente por causa das formas horríveis. Acontece também de o exagero cair no gosto do consumidor e o produto fadado a fracassar transformar-se em sucesso de vendas. O mundo do automóvel é igual ao do futebol: bater na trave é o mesmo que chutar a bola a três metros de altura do gol. É fracasso mesmo.
Pontiac Aztek - O carro da GM foi apresentado no Salão de Detroit de 1999 e causou rebuliço, pois as linhas foram consideradas horríveis. O Aztek foi produzido de 2001 a 2005, tendo sido vendidas pouco mais de 100 mil unidades. Já figurou na lista dos 100 carros mais feios de todos os tempos. Esse utilitário-esportivo foi um desastre para o fabricante.
Fiat Multipla - Outra vítima do design, esse multiuso foi produzido de 1998 a 2010. As linhas da carroceria pouco atrativas foram uma das razões que levaram a reestilização em 2005. Nem assim as vendas do modelo de cerca de 4 metros de comprimento e de seis lugares decolaram. A Fiat sempre primou pelo design, mas errou a mão no Multipla.
Ford Edse - O enorme cupê foi lançado depois da maior pesquisa já feita por uma marca americana para saber exatamente como deveria ser um novo automóvel. O Edsel começou a ser fabricado em 1958 para concorrer com o Oldsmobile. Ironicamente a estratégia fracassou e o carro saiu de linha antes de completar dois anos, no fim de 1959. O nome Edsel era uma homenagem ao filho de Henry Ford. Hoje o carro é disputado pelos colecionadores e tem boa cotação no mercado de antigos.
Audi A2 - O hatch compacto da marca de quatro argolas com jeito de monovolume tinha como atrativo a carroceria e alumínio para reduzir peso e consumo de combustível. O concorrente principal era o Mercedes-Benz Classe A. O modelo foi apresentado em 1999 e permaneceu no mercado até 2005. Foi retirado de linha por causa das vendas fracas.
Maybach - Wilhelm Maybach era engenheiro e trabalhou na Daimler desenvolvendo carros para a Mercedes-Benz. Ficou conhecido pelo desenviolvimento de motores de 16 cilindros para o dirigível Zepellin. Ele saiu da Mercedes em 1930 e montou a Maybach. Tempos depois a empresa fechou e virou fábrica de motores marítimos. Em 2002, a Mercedes-Benz resgatou a marca, fazendo carros de alto luxo para concorrer com Rolls-Royce, Bentley, entre outros. Eram os modelos denominados Maybach 57 e 62, esse último medindo 6,16 metros de comprimento. Encerrou as atividades este ano, após sucessivas quedas nas vendas do modelo.