Mais importante do que acelerar é poder parar quando for necessário, principalmente nas situações de emergência. Por isso, é fundamental manter os freios funcionando de forma perfeita. Saiba como cuidar bem desse sistema.
PASTILHAS
São componentes formados basicamente por uma placa metálica, na qual são moldados materiais de fricção à base de resina, fibras sintéticas e partículas metálicas.
VERIFICAÇÃO
Alguns veículos são dotados de pastilhas com dispositivo de segurança, que indica o final da durabilidade do material de atrito, mas outros usam sistema mecânico. Embora emitam um chiado quando chegam ao limite (mas nem sempre isso é sinal de desgaste, pois pastilhas novas costumam emitir o mesmo chiado), alertando o motorista, é aconselhável verificá-las a cada 5 mil quilômetros.
TROCA
Devem ser substituídas sempre que atingirem a espessura de 2mm. Mas é bom lembrar que, para garantir eficiência na frenagem, recomenda-se que os discos sejam retificados ou trocados se a espessura mínima estiver abaixo do limite permitido (cada disco tem seu limite). As pastilhas novas demoram um tempo para assentar completamente. Portanto, evite frenagens fortes nos primeiros 300 quilômetros, procurando frear de forma mais progressiva.
LONAS
A combinação tambor/lona está presente na grande maioria dos eixos traseiros dos automóveis que circulam no Brasil. Embora apresente um desgaste bem menor do que as pastilhas, já que as rodas dianteiras é que seguram o maior peso em uma frenagem, a lona deve ser checada sempre que as pastilhas forem substituídas.
Entretanto, o proprietário do veículo deve ficar atento para que o novo componente tenha a mesma especificação do original, pois as lonas são projetadas levando-se em conta a relação da área de atrito entre lonas e tambor, o peso, a potência e a utilização a que se propõe o veículo. Se o novo componente não tiver o mesmo coeficiente de atrito, o veículo vai apresentar problemas: se for mais baixo, vai reduzir o poder de frenagem (o pedal fica duro); e, se for mais alto, provocará frenagem muito forte, desequilíbrio da traseira e um desgaste excessivo dos tambores. Portanto, não compre uma lona pensando apenas no preço baixo! Leve em consideração a qualidade do produto e se ele tem as especificações exigidas pelo fabricante do veículo.
FLUIDO: NÃO PRECISA ABRIR
A maioria dos motoristas costuma se lembrar apenas da troca de pastilhas e lonas. Mas, para que o sistema de freio funcione corretamente, é preciso também se preocupar com o estado do fluido, pois a maioria dos circuitos (atualmente já existem sistemas elétricos de freio) são hidráulicos, ou seja, dependem da pressão do líquido para transmitir a intenção do motorista - o seu ato de pisar no pedal de freio - para as rodas e parar o carro.
HIGROSCÓPICO
A primeira coisa que o motorista deve saber é que o fluido tem características higroscópicas, ou seja, facilidade para absorver umidade. Por isso, não permita que o frentista abra a tampa do reservatório do fluido de freio para verificar o nível. O recipiente é transparente exatamente para evitar a abertura. Ao abrir a tampa, o fluido absorve umidade do ar. Essa água vai reduzir o ponto de ebulição e fazer o fluido ferver, formando bolhas de ar no circuito, que vão prejudicar a eficiência da frenagem. Também pelo mesmo motivo (por ser higroscópico), o fluido deve ser trocado a cada ano (independentemente da quilometragem rodada). Cuidado ao comprar fluido, pois há muito produto de baixa qualidade no mercado.
CORROSIVO
O motorista também deve tomar cuidado ao manusear o fluido, pois é altamente corrosivo e pode atacar a pintura e outros componentes.
SEM MISTURA
Também não se deve misturar fluidos de especificações diferentes (DOT3 e DOT4), pois pode haver reação química entre eles.
DISCOS
Quando for trocar as pastilhas, é preciso verificar se os discos estão empenados, se apresentam sulcos na superfície ou rebarbas nas bordas, e se a espessura está dentro do limite permitido. Lembre-se: existe uma tolerância para a retífica do disco. Caso o limite seja ultrapassado, pode ocorrer a quebra do componente, que pode ser fatal numa frenagem mais forte. O discos devem ser retificados sempre na mesma medida ou substituídos aos pares. Trepidações no pedal de freio podem ser sintomas de problemas no disco.
ALAVANCA MUITO ALTA
O freio de mão (ou de estacionamento) deve ser regulado sempre que a alavanca estiver muito alta. Mas essa altura varia de acordo com o modelo do veículo, podendo ocorrer diferenças de dois ou três cliques. Se o componente estiver desregulado, o motorista corre o risco de ver seu carro descendo desgovernado em uma ladeira forte.
PONTO MORTO
Ao colocar o câmbio em ponto morto, principalmente em descidas longas, o motorista não economiza mais do que com a marcha engatada. E o pior: abre mão do freio-motor, que ajuda (e muito) na redução da velocidade do veículo, evitando sobrecarga do sistema de freios. Essa sobrecarga causa fadiga (perda da eficiência devido ao superaquecimento), que faz com que o veículo simplesmente não pare.
. Manutenção - Ar na medida certa
. Sapato errado - Entre o carro e o piso
. Amortecedores - Perigo na curva
. Óleo - Se acender, procure o mecânico
. Segurança - Limpando a área
. Chuva - Prejuízos de verão
. Chuva - Para não ficar à deriva
. Freios - Você pisa, e nada...
. Manutenção - Perdendo os tubos
. Manutenção - Mandamentos do óleo
. Sobressalente - Pela igualdade
. Segurança - Sem medo do molhado
. Amortecedor - Troca preventiva é golpe
. Rodas/Pneus - Se exagerar, o bicho pega