A Petrobras usou o chamado “colchão tributário” para absorver parte do aumento do preço da gasolina e do etanol – decorrente da retomada da cobrança tributária (PIS/Cofins) sobre os combustíveis anunciado na terça-feira (28). A medida ajudou a conter o preço final ao consumidor. Mas como isso funciona?
A atual política de preços da Petrobras tem um colchão, uma espécie de reserva financeira que permite aumentar ou diminuir o preço dos combustíveis de acordo com o mercado internacional.
Sendo assim, a gasolina no Brasil, que atualmente está acima do preço médio internacional, tem uma "gordura" monetária que foi usada para amortecer parte do aumento dos preços nos postos.
Na prática, a manobra permitiu que a estatal reduzisse em R$ 0,13 o preço da gasolina nas refinarias. Assim, a reoneração, anunciada em R$ 0,47 por Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, passou a ser R$ 0,34.
Tomando como base um tanque médio de 50 litros, a economia no bolso do consumidor será de R$ 6,50 – no máximo, pois a gasolina da refinaria, geralmente, sofre um pequeno aumento ao chegar nos postos.
O aumento do preço do etanol, por sua vez, se manteve em R$ 0,02.
A gasolina no Brasil está 7% acima do preço internacional
Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina nas refinarias está 7% acima do preço praticado no mercado internacional. Isso equivale a R$ 0,21 por litro, ou R$ 0,20 considerando apenas os postos da Petrobras.
Dessa forma, como explicou Haddad, a utilização do colchão tributário sobre o preço da gasolina não se trata de uma mudança na atual política de preços da empresa, a PPI (Paridade de Preços Internacional), mas sim de uma manobra dentro dessa política.
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