A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) concluiu que nada impede que os atuais carros não flex, movidos somente a gasolina, utilizem o combustível com 27,5% de etanol. Nos testes realizados pela entidade, houve apenas aumento de consumo de 1% a 2% em relação à mistura anterior (25%), informa relatório entregue em 22 de abril e divulgado pelo Ministério das Minas e Energia na última quinta-feira.
Quanto à emissão de poluentes, houve aumento no nível de NOx não informado, porém dentro dos limites do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). Realizado em conjunto por sete fabricantes, o “Estudo sobre o aumento do teor de etanol na gasolina para 27,5%”, elaborado pela Comissão Interna de Energia e Meio Ambiente (Cema) da Anfavea, avaliou aspectos de dirigibilidade, partida a frio e a quente, temperatura do catalisador, emissões e consumo de combustível, durabilidade em campo e testes de bancada.
A gasolina utilizada foi a comum (C) da Petrobras. 85% dos testes (o que inclui três montadoras – Fiat, General Motors e Toyota) foram concluídos. Os demais quatro fabricantes (Ford, Hyundai-Caoa, VW e Honda) terminarão as avaliações até a segunda quinzena de junho. Tanto a Anfavea quanto o ministério, contudo, não esclareceram nem se preocuparam em informar como fica o desempenho nos carros não flex mais antigos, quando o padrão de mistura era de 22%.