A falta de insumos, principalmente de semicondutores, na indústria automotiva não fez distinção de marcas ou modelos. Praticamente todos fabricantes foram ou ainda são prejudicados pela limitação dos fornecedores, impactados pela pandemia da COVID-19. Mas não é exagero dizer que a General Motors tenha sido, talvez, a mais prejudicada, já que ficou com a produção de suas fábricas suspensa por meses, resultando na perda da liderança de mercado. Agora, com a situação dando sinais de melhora, a GM anunciou que vai retomar o segundo turno de produção nas fábricas de São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS), a partir dos dias 27 de setembro e 4 de outubro, respectivamente.
A ideia é dobrar o volume de produção dos Chevrolet Onix, Onix Plus e Tracker, para atender a demanda, que, de acordo com o fabricante, vem crescendo cada vez mais. Quando a GM suspendeu a produção de suas fábricas em março deste ano, o Onix era o hatch compacto premium mais vendido no Brasil, com 28.759 unidades emplacadas nos três primeiros meses do ano.
Em agosto, depois de meses de paralisação na produção das fábricas da GM, o Chevrolet Onix caiu para a terceira posição no ranking dos hatches compactos premium, com 43.304 unidades emplacadas no acumulado dos oito primeiros meses do ano, ficando atrás do Fiat Argo (60.507) e Hyundai HB20 (59.999).
"Nos preparamos para este momento e faremos de tudo o que está ao nosso alcance para atender à demanda dos clientes Chevrolet, ao mesmo tempo em que mantemos nosso foco na sustentabilidade do negócio na região", afirma Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, acrescentando que "este é um momento muito importante para funcionários, sindicatos, fornecedores, concessionários e consumidores".
Com o aumento da demanda e da produção, a GM voltará a operar em dois turnos de trabalho nas fábricas de São Caetano do Sul (SP), Gravataí (RS) e no complexo de São José dos Campos (SP), onde é feita a picape média S10, que em agosto foi o modelo mais vendido no segmento. Além disso, a GM reafirma seu compromisso de investimentos no Brasil da ordem de R$ 10 bilhões, destinados ao desenvolvimento de produtos como a nova picape Montana e a modernização das fábricas em São Paulo.