A Saab escapou. Dada como defunta pela dona General Motors em 18 de dezembro passado, a marca sueca foi salva pela Spyker. O pequeno fabricante holandês de superesportivos liderou um grupo de investidores que inclui a também sueca Koenigsegg ? que tentou comprar a compatriota ?, além de um consórcio de investidores que inclui a Genii Capital de Luxemburgo e o cartola da Fórmula 1 Bernie Ecclestone. O grupo heterogêneo assinou o contrato com a General Motors, que pode ter recebido US$ 74 milhões de adiantamento ? o equivalente a R$ 136 milhões ?, além de US$ 326 milhões em ações preferenciais da nova companhia, cerca de R$ 600 milhões.
Dos US$ 74 milhões, US$ 50 milhões serão pagos na data prevista para a concretização da transação, em 15 de fevereiro. A segunda parcela será paga no dia 15 de julho. E a nova companhia já tem nome: Saab Spyker.
O montante total de US$ 400 milhões foi emprestado pelo Banco de Investimentos Europeu - European Investment Bank, ou EIB -, que recebeu a garantia do governo da Suécia. Outra condição foi a renúncia do executivo chefe da Spyker, o russo Vladimir Antonov, como forma de tranquilizar a GM em relação a uma possível transferência de propriedade intelectual.
A venda da tecnologia do antigo médio 9-3 e do novo 9-5 para a chinesa BAIC em dezembro de 2009 não impede a produção de nenhum destes. De acordo com a companhia, o Saab 9-5 ? foto acima ? apresentado no Salão de Frankfurt em setembro de 2009, já teve a produção iniciada na planta sueca de Trollhättan, a principal da Saab. A agilidade na reconstrução da marca será importante, mas a boa vontade do público está do lado da Saab.
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