A Great Wall Motor (GWM), fabricante chinês de veículos, confirmou a aquisição da antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). A transação dos ativos envolveu o terreno, a fábrica, as máquinas e os equipamentos, portanto, sem a transferência de pessoal. A entrega da fábrica aos chineses está prevista ainda para 2021.
De acordo com a GWM, após a atualização, a capacidade de produção anual da fábrica chegará a 100 mil unidades, criando cerca de 2 mil empregos locais. A ideia é transformar a fábrica de Iracemápolis em uma das bases globais de produção de automóveis, acelerando o desenvolvimento e implementação estratégica da marca no mercado brasileiro e sul-americano.
Para Meng Xiangjun, presidente rotativo da Great Wall Motor, a transação deve promover ainda mais a transformação da companhia em uma empresa de mobilidade de tecnologia global. Vale lembrar que a empresa vive uma fase de forte expansão mundial, com a meta ambiciosa de produzir 4 milhões de veículo até 2025, sendo que 80% deles seriam movidos a “novas energias”, como a elétricas e o hidrogênio. O plano de internacionalização da GWM teve inicio há dois anos, quando adquiriu uma fábrica na Rússia e uma na Tailândia. A gigante chinesa também está em vias de começar a fabricar na Índia.
“O Brasil é o maior e mais populoso país da América Latina. Sua força econômica ocupa o primeiro lugar na América do Sul, suas vendas de automóveis ocupam o sétimo lugar no mundo e o mercado consumidor de automóveis tem grande potencial”, analisa Liu Xiangshang, vice-presidente da Great Wall Motor.
O executivo garante que a marca tem estudado as preferências dos consumidores locais, assim como a dinâmica do nosso mercado automobilístico. Ele ainda se comprometeu com o incentivo à pesquisa e desenvolvimento locais. A marca também chegou prometendo introduzir conceitos avançados de produção, gestão de qualidade, proteção ambiental e gestão de informações.
A Great Wall Motors possui quatro divisões de veículos: a Haval é especializada em SUVs; a GWM empresta seu nome à picapes; a Wey é focada em carros de luxo; e a Ora em elétricos. A marca ainda não falou sobre a estratégia que será adotada a partir da confirmação da aquisição da fábrica, como a formação de uma rede de concessionárias e se haverá importação de modelos antes do início da fabricação.