A linha 2020 do Honda HR-V chega às concessionárias a partir do próximo mês trazendo como principal novidade a motorização 1.5 turbo de 173cv de potência e 22,4kgfm de torque na versão de topo Touring, que custa R$ 139.900. Sem dúvida, é um valor salgado, R$ 28 mil a mais que a segunda versão mais equipada EXL (R$ 111.900), que traz sob o capô o motor 1.8 aspirado – com até 140cv e 17,4kgfm – e câmbio automático CVT. Mas será que esse utilitário-esportivo compacto está caro mesmo ou na média da concorrência?
Quanto custa um SUV compacto com bom desempenho? Bom, sabemos que no Brasil vamos achar poucos oponentes com essas características. Prestes a ganhar reestilização, atualmente, o Peugeot 2008 não oferece nenhuma versão equipada com o motor 1.6 THP. Então, dentro dessa proposta, o modelo mais em conta disponível é o Chevrolet Tracker LT 1.4 AT, vendido por R$ 92.590. É uma diferença de R$ 47.310, o suficiente para comprar um hatchback de entrada. O motor 1.4 turbo alcança até 153cv e 24,5kgfm, e não tem nada de econômico. De forma geral, o SUV da Chevrolet tem bom acabamento, conteúdo e espaço interno, mas o porta-malas é pequeno (307 litros).
Na linha do Volkswagen T-Cross, a versão que oferece bom desempenho é a Highline 250 TSI, topo de linha, vendida a partir de R$ 109.990. São R$ 29.910 a menos, e o veículo traz motor 1.4 turbo de 150cv e 25,5kgfm. Ainda dentro desse perfil, temos o Jeep Renegade Longitude 2.0 AT, por R$ 127.990. São R$ 11.910 a menos em um veículo com motor a diesel – com 170cv e 35,7kgfm (muito mais torque!) –, câmbio automático e tração 4x4 com reduzida. Quer ir mais longe? Por um pouco mais (R$ 149.890) você coloca as mãos em um Chevrolet Equinox, SUV médio com 262cv de potência. Claro que cada modelo vive seu momento – o Tracker ganha nova geração ainda em 2019 –, os pacotes de equipamentos são diferentes e cada conjunto mecânico tem sua peculiaridade, mas já temos um começo para comparar.
NOVIDADES O Honda HR-V ganhou reestilização no fim de 2018, mas a marca guardou para o modelo 2020 a oferta de novos equipamentos de conforto e comodidade, além de uma remarcação de preços. A versão de entrada LX (R$ 92.500) agora traz câmera de ré integrada à central multimídia com tela de cinco polegadas, que permite três modos de visão, aumentando a visibilidade do condutor em manobras. O SUV tem de série ar-condicionado, freio de estacionamento com acionamento eletrônico e função brake hold, controle de cruzeiro, faróis de neblina, vidros elétricos, controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e luzes de frenagem de emergência.
O pacote seguinte, o EX (R$ 101.700), traz como novidades a central multimídia com tela tátil de sete polegadas, com Apple CarPlay e Android Auto, e sensores de estacionamento traseiros, além de ar-condicionado digital, airbags laterais e aletas para trocas de marcha no volante, habilitando a simulação de sete velocidades na transmissão CVT, e volante com revestimento em couro. A versão EXL (R$ 111.900) agora tem sensores de estacionamento dianteiros e traseiros e grade frontal com acabamento em preto brilhante, além de bancos revestidos em couro, airbags laterais do tipo cortina, acendimento automático dos faróis, central multimídia com navegação GPS integrada, retrovisores com rebatimento elétrico e função tilt down.
TOURING Além do motor mais potente, a versão de topo Touring (R$ 139.900) ganhou itens inéditos como teto solar panorâmico, chave presencial (com partida por botão, travamento e destravamento das portas) e o sistema LaneWatch, que conta com uma câmera instalada no retrovisor direito, que amplia o campo de visão do motorista e elimina pontos cegos, além de sensores de chuva e retrovisor fotocrômico. O HR-V Touring traz também faróis de neblina com iluminação Full LED, assim como a grade com acabamento em black piano e antena em formato barbatana. Na traseira, o sistema de escapamento em inox tem saída dupla.
O pacote Touring pode ter dois interiores, com acabamento em cinza claro ou preto, de acordo com a cor externa. A tonalidade está presente no revestimento dos bancos, nos painéis das portas, console central e painel, co, costura dupla. Como sempre, o sistema Magic Seat permite diversas configurações para os bancos, de um rebatimento com assoalho plano à acomodação de objetos altos ou bastante longos.
O motor 1.5 turbo é o mesmo que equipa a versão de topo do Civic, porém, recebeu uma calibragem específica. Com 173cv a 5.500rpm e torque de 22.4kgfm entre 1.700rpm a 5.500rpm, o propulsor traz injeção direta de combustível e variação do tempo de abertura das válvulas de admissão e escape. O câmbio automático CVT simula sete marchas virtuais, melhorando a performance. As suspensões têm novas molas, amortecedores e barra estabilizadora dianteira de maior diâmetro.