Havia algo que não estava certo no Infiniti QX, o maior utilitário esportivo da divisão de luxo da Nissan, lançado em 2006. Talvez fosse o estilo, quadradão e com a mesma personalidade de um veículo comercial. Orientada pela mesma desconfiança, a Infiniti promoveu uma reforma completa no jipão, que ganhou um estilo mais arredondado, com linhas robustas e agressivas. A segunda geração do SUV apareceu no Salão de Nova Iorque, onde se tornou a principal atração do estande da marca.
As linhas quadradas deram lugar aos contornos suavizados. Os faróis adotaram o estilo característico da marca, mas permanecem em um nível bem abaixo do volumoso capô, terminado em uma grade bem maior que a anterior. A lateral ganha movimento com os arcos das rodas mais pronunciados, além de ostentar três respiros nos para-lamas dianteiros, como nos antigos carrões americanos.
Confira a galeria do QX56 2011 e do modelo antigo!
O teto deixou de ostentar a linha em semi-arco, arqueadas até as portas traseiras, ainda comum em utilitários da Nissan. As colunas dianteiras foram pintadas de preto, uma tentativa de dinamizar o perfil do carro. A linha das janelas permanece ascendente na região da terceira janela. Já a traseira, com bulbosas lanternas horizontais no lugar das tímidas lanternas horizontais anteriores, ganhou um pouco mais de volume.
O interior também ganhou personalidade e perdeu os elementos de estilo e de acabamento que pareciam ter saídos de um Nissan Pathfinder. Para fazer justiça ao papel de marca de luxo, a Infiniti dotou o novo QX de toda a sorte de equipamentos de conforto e conveniência. Estão lá um visor que exibe imagens de câmeras ao redor da avantajada carroceria, um som Bose de 13 alto-falantes, revestimento em couro perfurado (o couro está por todos os lados: no painel, portas, console), DVD com duas telas de 7 polegadas que permitem a exibição de programações distintas, além de muito espaço em três fileiras de bancos. Os passageiros de trás podem regular o ar-condicionado individualmente.
Recheio para sete
Para mostrar que os brutos também correm, o QX 2011 conta com um motor V8 5.6 de 405 cv, bem mais potente que antes, quando gerava 320 cv. Um câmbio automático de sete marchas administra a cavalaria, que pode ser despejada nas rodas traseiras ou nas quatro rodas, de acordo com a versão. Para controlar o balanço da gigantesca massa, o QX conta com um inédito sistema hidráulico que tolhe a inclinação nas curvas e torna o rodar mais suave, disponível como opcional em um pacote que inclui rodas aro 22. A capacidade de reboque, algo importante nos EUA, é de 3.855 kg para ambas versões, o suficiente para puxar um barco de 36 pés.
De série, o QX traz um monitor de 8 polegadas sensível ao toque, o sistema de controle de informações e funções Infiniti Controller, sistema de navegação por satélite (que inclui guias gastronômicos, previsão do tempo, entre outros), viva-voz por Bluetooth, além de itens de segurança como sistema de alerta de mudanças de faixa e de ponto cego, controle de cruzeiro com controlador automático de distância, alerta de colisão frontal, entre outros. O modelo parte de US$ 56.700 na versão com tração traseira e chega aos US$ 59.800 quando equipado com tração integral, valores entre R$ 100 e R$ 105 mil.