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Jeep Grand Cherokee envolvido em casos fatais de incêndio

De acordo com organização norte-americana, os utilitários produzidos entre 1993 e 2004 podem pegar fogo em caso de acidentes

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Duas gerações do Jeep Grand Cherokee produzidas entre 1993 e 2004 estão sob suspeita. De acordo com a uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos, o Center for Auto Safety, os utilitários estariam envolvidos em casos de incêndio após batidas. O grave problema seria causado pela localização do tanque de combustível de plástico, posicionado após o eixo traseiro, um pouco abaixo da linha do para-choque.

De acordo com a organização, essa disposição deixa o tanque desprotegido em um impacto direto de um veículo com uma frente mais baixa ou com a parte frontal “afundada” em uma frenagem de emergência. Além do risco maior em casos de capotagem, mais comuns em utilitários esportivos por conta do centro de gravidade mais elevado.

A organização fez uma petição para a National Highway Traffic Safety Administration, NHTSA, entidade governamental responsável pela segurança automotiva dos EUA, em que pede a abertura de uma investigação. Um recall envolveria mais de 3 milhões de unidades, muitas delas exportadas para o mercado brasileiro.

A segunda geração, lançada em 1999, também está envolvida nos casos



Segundo a Auto Safety, os Jeep Grand Cherokee fabricados no período se envolveram em 172 acidentes com incêndios, que provocaram 253 mortes, entre 1992 e 2008. Entre os acidentes, pelo menos 44 eventos com 64 mortes, se caracterizaram por terem o incêndio como a consequência mais grave. Os dados foram colhidos nos próprios arquivos da NHTSA, que também apontam que os modelos da terceira geração pós 2005, projetados no período DaimlerChrysler, se envolveram em um único acidente do gênero, mas cujas mortes não foram causadas pelo incêndio. O motivo da melhora foi o reposicionamento do tanque de combustível, que ficou mais próximo do eixo traseiro e recebeu uma proteção extra.

Os resultados da análise deverão demorar um pouco, mas a Chrysler, dona da marca Jeep, já adiantou que os modelos atendem à todas as exigências de segurança. O possível defeito remete aos casos do Ford Pinto na década de 1970, um escândalo envolvendo ocorrências de incêndio após colisões traseiras nos Estados Unidos. O Center for Auto Safety, cita as ocorrências e compara os dados da NHTSA do período, que apontam para 38 acidentes do Ford com fogo, que resultaram em 26 mortes. Segundo a organização, um número comparativamente pequeno em relação aos casos do Grand Cherokee.

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