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Maior e melhor

Nova Classe C começa a ser vendida este mês com motorização de quatro e de seis cilindros e duas opções de acabamento. Há sistema de controle de amortecedores

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Na nova Classe C a grade indica a versão de acabamento: mais simples segue o padrão convencional, e a mais luxuosa tem a estrela de três pontas no centro

Campinas (SP) - A Classe C é responsável por 48% das vendas de sedãs Mercedes no mundo. No Brasil, o percentual cresce para 74% e a marca não quer perder terreno: o desenvolvimento do novo modelo seguiu à risca o que previu há três anos o vice-presidente de tecnologia da DaimlerChrysler: "As novas gerações de automóveis Mercedes vão perder metade de suas funções eletrônicas para evitar os problemas gerados pelo excessivo pacote de tecnologia introduzido nos últimos anos".

Dito e feito: a nova Mercedes Classe C, apresentada à imprensa brasileira pela DaimlerChrysler nesta semana - e que terá suas vendas iniciadas este mês -, tem muitas novidades de estilo, acabamento e mecânicas. Mas nada do exagero de eletrônica que chegou a comprometer a imagem da marca nos últimos 10 anos.

Motor
Inicialmente a fábrica só vai importar modelos com os motores 200 Kompressor (quatro cilindros, 184 cv) e 280 (V6 de 231 cv). As versões de acabamento são a Classic (motor 200 K) e a Avantgarde (200K ou 280 V6). O motor de quatro cilindros ganhou 20 cv em relação ao anterior o V6 não foi modificado. No futuro, poderão vir também os 350 (V6) e até os V8 da versão esportiva AMG. Com o motor 200 K, vem uma caixa automática de cinco marchas. Ao 280 V6 se acopla um câmbio de sete velocidades. Ambos com a opção de troca manual seqüencial.

Ao contrário da frente, a traseira é a mesma para as duas versões e tem linhas mais arredondadas e lanternas mais integradas à carroceria. Já o painel de instrumentos tem novo desenho e volante incorpora diversos comandos


Suspensão
A novidade está no sistema Agility Control, que controla os amortecedores de acordo com as condições de direção: na reta têm a atuação reduzida para oferecer máximo de conforto, mas nas curvas se adaptam para ?segurar? mais a carroceria, reduzindo o conforto e aumentando significativamente a estabilidade. Por falar nisso, uma inovação da marca: no lugar de um spoiler na tampa do porta-malas, um sistema aerodinâmico traz o ar debaixo do automóvel para as lanternas que são furadas para permitir seu fluxo e aumentar a aderência da traseira no asfalto.

Eletrônica
Reduzida, mas não eliminada: os freios não são mais eletrônicos, mas contam com o sistema Adaptive Brake, que percebe a necessidade de mais esforço, de aproximar as pastilhas para secar os discos, etc. Nas freadas de emergência, as luzes traseiras de freio piscam para advertir os motoristas dos carros de trás. Os apoios de cabeça operam com a função Neck Pro: no caso de colisão traseira, chegam para a frente e protegem melhor motorista e passageiro. E também o Pré-Safe, que percebe a possibilidade iminente de um capotamento ou colisão e já ativa alguns sistemas de segurança.

Interior
Além de ganhar espaço, pois o entre-eixos, a largura, altura e comprimento foram todos aumentados, o painel foi também redesenhado, o volante oferece multicomandos mais inteligentes e os ocupantes estão mais protegidos no caso de impactos frontal ou lateral. O acabamento é primoroso, sem extravagâncias.

Estilo
Como sempre, a marca evolui sem revolucionar. A nova Classe C acentuou ainda mais a forma dianteira em cunha. Mas a grande novidade é que, pela primeira vez, a grade do radiador se modifica radicalmente para registrar qual a versão de acabamento do carro: se é o Avantgarde, vem com a grande estrela de três pontas, característica dos esportivos da marca. As outras versões ostentam a bem-comportada grade com barras horizontais e uma pequena estrela fincada no capô.

Preço
A mais barata é a C200 K Classic, com preço sugerido de R$ 162.500. A C200 K Avantgarde custa R$ 179.500 e a mais cara é a C280 Avantgarde, R$ 217 mil. A partir de hoje nas concessionárias da marca. Em Belo Horizonte, na Minasmáquinas, Av. Raja Gabaglia, 3.100.

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(*) O jornalista viajou a convite da DaimlerChrysler do Brasil