O Spirit of Ecstasy é um dos “mascotes” mais famosos do mundo automotivo. Possuir uma unidade da Rolls-Royce é algo tão especial, que a estatueta de uma mulher alada que adorna o capô dos modelos da marca iglesa é objeto de desejo de muitos amantes de carros. Tanto que, a partir de 2016, a jóia também passou a ser oferecida em uma versão iluminada.
Acontece que as normas automotivas da União Europeia passaram a considerar o acessório como poluição luminosa, o que levou o fabricante a deixar de oferecê-lo naquela região e no Reino Unido. Pior, quem já ostenta a “fadinha” em seu Rolls-Royce terá que retirá-la do capô.
Mas não precisa ficar com pena de quem pagou 3.500 libras (que corresponde a mais de R$ 25 mil) pelo item. É que o fabricante não só devolverá o valor pago pela estatueta iluminada, como irá substituí-la por uma tradicional prateada. Mas o Spirit of Ecstasy iluminado continua no catálogo da marca, disponível apenas para outros mercados. Se você tivesse uma estatueta dessas, entregaria de volta? Se ficarem raras, no futuro podem valer ainda mais grana!
A LENDA Após a informação, uma fofoca. Diz a lenda que o Spirit of Ecstasy teve sua origem a partir de um relacionamento extraconjugal entre o Lord Montagu de Beaulieu, fundador e editor da revista The Car Illustrated, e sua secretária Eleanor Thornton. Ele teria encomendado uma estátua ao escultor Charles Sykes, que usara Eleanor como modelo.
O símbolo desse amor clandestino foi batizado de The Whisper (O Sussurro) - uma mulher em um vestido fino e esvoaçante com uma perna para cima e segurando o dedo sobre os lábios -, que passou a ornamentar o capô do carro pessoal do Lorde em 1911.
A peça teria sido vista por Claude Johnson, diretor da Rolls-Royce, que encomendou a Sykes um “mascote” para os veículos da marca. O artista teria usado como inspiração a mesma Eleanor Thornton. O que a Rolls-Royce diz sobre esta versão? "É uma história interessante e, se te faz feliz, deixe o mito prevalecer".