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Mesmo com problemas no 787, concorrência entre Boeing e Airbus continua acirrada

Airbus e Boeing trouxeram máquinas de alto nível tecnológico em vários segmentos, mas novos modelos desses fabricantes têm dado o que falar pelas falhas apresentadas

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A paralisação de toda a frota do Boeing 787 não deverá durar muito

A Boeing e a Airbus disputam a liderança no segmento de produção de aviões. A Boeing desenvolveu a maravilhosa família dos 737 e a Airbus a não menos maravilhosa família dos A320.

No contexto dessa benéfica competição a Airbus realizou o primeiro voo do seu superjumbo A380 em 27 de abril de 2005. Em setembro de 2006 realizou o primeiro voo com passageiros, valendo-se apenas de funcionários da EADS ( European Aeronautic Defense and Space) e em outubro de 2007 realizava o seu primeiro voo comercial entre Cingapura e Sydney.

 


O gigante tem um peso máximo de decolagem de 560 toneladas, transporta de 555 a 845 passageiros e tem uma autonomia de 14.800 quilômetros. Nos seus primeiros voos o superjumbo apresentou falhas próprias de um produto novo, que corrigidas tirou o modelo das colunas noticiosas.

No mesmo período em que a Airbus iniciava as operações de seu A380, a Boeing apresentava à imprensa o seu mais novo produto o Boeing 787, em 8 de setembro de 2007, já experimentando atrasos. A empresa não pensou em produzir um superjumbo, pois já possuia o Boeing 747, que retrabalhado chegou à versão 747-800, com capacidade inferior à do A 380, mas não tanto inferior.

A indústria americana optou por produzir uma aeronave que incorporasse tecnologias de ponta, substituindo o tradicional alumínio por material composto e fibra de carbono. Resultou da decisão o Boeing 787, que tem um peso máximo de decolagem de 244 toneladas, podendo transportar de 200 a 350 passageiros, com um alcance de 15 mil quilômetros. O seu voo inaugural foi adiado diferentes vezes. Previsto inicialmente para 2007, só ocorreu em dezembro de 2009. Especula-se que o atraso foi devido a uma decisão da Boeing de terceirizar grande parte dos componentes da aeronave.

Em 2011, o primeiro Boeing 787 foi entregue à All Nipon Airways (ANA), que adquiriu 50 unidades. O produto era tão esperado pelos operadores que no dia do seu lançamento 670 unidades já contavam na carteira de unidades comercializadas. Hoje a carteira contém 800 unidades e 50 já foram entregues.

O A380, devido ao seu porte, recebeu um número menor de pedidos, mas a sua carteira de pedidos é significativa. Mais de 240 unidades já foram comercializadas com cerca de 20 operadores.

Recentemente, têm sido publicados alguns problemas com o Boeing 787. Vazamento de combustível, incêndio na cabine dos pilotos e falha no para-brisa dos pilotos estão entre as falhas evidenciadas. O vazamento de combustível ocorreu por duas vezes numa aeronave da ANA, sempre em quantidade pequena e no solo. A ocorrência na cabine dos pilotos foi devida a um problema com as baterias e a falha no para-brisa não é uma novidade no mundo aviatório. Esses problemas, que são de conhecimento das autoridades aeronáuticas, determinam ações corretivas e em espaço de tempo relativamente pequeno o produto se encontrará plenamente aeronavegável.

É importante ressaltar que apesar da emissão de uma diretriz de aeronavegabilidade de emergência, devida ao sistema de bateria, a paralisação de toda a frota do Boeing 787 não deverá ser por muito tempo.

Airbus é dona do maior avião de passageiros do mundo, o A380



É raro uma aeronave apresentar defeitos graves após o seu lançamento. O caso mais destacado foi da aeronave Comet IV, da inglesa Haviland, que foi o primeiro jato comercial a utilizar motores à reação. Em 1954, um jato Comet IV explodiu nos céus de Roma e as investigações comprovaram que o formato retangular das janelas de passageiros concentrava tensões nos extremos das bordas, que ultrapassaram a resistência do material utilizado na fabricação. Esse caso raro dificilmente ocorrerá nos dias atuais, pois os órgãos certificadores evoluíram muito.

 

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Graças à saudável competição entre empresas temos dois novos modelos no mercado do transporte aéreo, que se destacam pelo nível tecnológico empregado, apesar dos pequenos problemas que apresentam na fase inicial de emprego.