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Motor 1.0 três-cilindros dá ânimo e economia ao Fiat Mobi, a partir de R$ 39.870

Fiat Mobi finalmente ganha o motor 1.0 três-cilindros Firefly, na versão Drive, que proporciona melhor desempenho, baixo consumo de combustível e traz mais conteúdo

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Motor 1.0 três-cilindros dá ânimo e economia ao Fiat Mobi, a partir de R$ 39.870
Motor 1.0 três-cilindros dá ânimo e economia ao Fiat Mobi, a partir de R$ 39.870 Foto: Motor 1.0 três-cilindros dá ânimo e economia ao Fiat Mobi, a partir de R$ 39.870

De Atibaia (SP)* - Se você é um dos consumidores que comprou o Fiat Mobi equipado com o motor 1.0 de quatro cilindros, lançado em abril, e não anda muito satisfeito com o desempenho do carro, certamente vai ficar incomodado com a novidade que a montadora acaba de disponibilizar para o modelo. Trata-se do motor Firefly 1.0 três-cilindros, que já equipa o Uno, e chega com certo atraso no compacto mais novo da marca italiana. Com preço a partir de R$ 39.870, o Mobi Drive chega ao mercado alardeando o menor consumo de combustível do segmento, além de trazer novas tecnologias e equipamentos de série. No primeiro contato com o carrinho, fica clara a diferença de desempenho favorável ao três-cilindros em relação ao quatro-cilindros.

A Fiat pecou em lançar o Mobi com o motor 1.0 de quatro cilindros, que deixa a desejar tanto em desempenho quanto em consumo de combustível. A montadora já estava desenvolvendo o três-cilindros, mas achou melhor lançar o compacto com o antigo motor, que, apesar de ter a performance criticada, vinha se saindo bem no segmento, com bons números de vendas. Mas a concorrência apresentava números melhores de desempenho, por isso não dava mais para esperar.

A solução para o problema é o Mobi Drive, versão equipada com o 1.0 Firefly, um três-cilindros com duas válvulas por cilindro, eixo comando único, menor atrito entre as partes e taxa de compressão de 13,2:1. De acordo com a engenharia da Fiat, trata-se de um motor moderno, que se beneficia com a recirculação dos gases de descarga, proporcionando economia de combustível de 4% a 7%. Com 77cv e 10,9kgfm de torque quando abastecido com etanol, o propulsor não tem o antiquado tanquinho de partida a frio, já que conta com sistema que pré-aquece o combustível quando a temperatura externa é inferior a cinco graus negativos.

A correia dentada foi substituída pela corrente Silent Chain, que como o próprio nome diz, trabalha em silêncio e dispensa manutenção. O bloco de alumínio proporcionou uma redução de sete quilos, detalhe que resulta em menor tempo para o aquecimento do motor. Na prática, tudo isso fez o Mobi mudar da água para o vinho. Parece outro carro. A melhora no desempenho em relação ao quatro-cilindros é visível, com bom torque em rotações mais baixas e boas respostas às acelerações.

Em nosso primeiro contato com o compacto em pista fechada e depois por estradas no interior de São Paulo, foi possível perceber que o hatch ficou bem mais esperto e ágil. Só não ficou ainda melhor porque a Fiat optou por aplicar um câmbio com relações de marchas mais longas, favorecendo o baixo consumo de combustível. E em pista fechada, mantendo a velocidade entre 40km/h e 80km/h, sem pisar fundo no acelerador, usando a quarta e quinta marchas a maior parte do tempo, o computador de bordo acusou consumo de 24,4km/l com gasolina. Já na estrada, com o pé um pouco mais pesado no acelerador, a média ficou em torno de 15km/l. Bons números para um compacto urbano. Resta saber como será a performance dele em cidades com relevo mais acidentado e trânsito caótico, como Belo Horizonte.



VERSÃO DRIVE Inicialmente disponibilizado apenas nesta versão, o Mobi três-cilindros traz direção com assistência elétrica com a função City, que a deixa ainda mais leve em situações de manobra. O modelo conta ainda com o sistema Ecodrive, que favorece uma condução mais econômica, mostrando a hora certa das trocas de marcha, além de indicar se o motorista está acelerando demais. A versão traz de série ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas nas quatro portas, volante com regulagem de altura, chave com telecomando, banco traseiro bipartido e abertura interna do tanque de combustível e porta-malas.

Opcionalmente, o Mobi Drive pode ser equipado com o Live On, um pacote que inclui o Ecodrive, rádio, aplicativos de música, telefone, indicações para estacionar e sistema de navegação integrado ao Waze e Google Maps. As funções podem ser acessadas por smartphone ou pelos comandos no volante e o sistema indica até onde o carro foi estacionado, caso o motorista esqueça. E o pacote Live On traz ainda faróis de neblina, sensor de estacionamento traseiro e alarme, tudo por R$ 4.650. Mas existe ainda o pacote Rádio Connect, por R$ 4.500, que inclui volante multifuncional, rodas de liga leve aro 14 polegadas, console no teto e retrovisores externos elétricos. A Fiat aposta que o Mobi Drive vai representar 20% do mix de versões do modelo. Será? Eu apostaria em número maior.

(*) Jornalista viajou a convite da Fiat