Em uma sociedade que guarda traços machistas, dirigir uma moto ainda é, para alguns, uma atividade essencialmente masculina. Porém, isso, além de ser um preconceito, é um equívoco em termos numéricos. Segundo dados do Denatran, de 2013 até hoje, houve um crescimento de 76,5% no número de mulheres com habilitação de motocicletas.
Isso resultou, hoje, em 8.884.345 pessoas do gênero feminino com carteira de habitação na categoria A (destinada a veículos motorizados de duas ou três rodas com ou sem carro lateral).
Além do mais, ainda de acordo com dados do Denatran, no Brasil, existe uma mulher habilitada a conduzir motocicletas a cada oito pessoas do gênero feminino.
Portanto, dizer que motos são para/de homens é algo que não condiz com a realidade. Afinal, caso contrário, esse crescimento tão expressivo na quantidade de mulheres habilitadas para a categoria duas rodas não teria sido registrado durante esses nove anos.
Apesar do crescimento, as mulheres com carteira de moto ainda representem a minoria
Apesar do crescimento de mais de 70% no números de mulheres com habilitação de moto, elas ainda são a minoria entre todos os habilitados nessa categoria, representando 24%. Em 2013, o índice era de 20,2%.
Isso significa que o empoderamento feminino cresceu, mas ainda pode (e deve) crescer mais, desconstruindo, cada vez mais, preconceitos e tornando a motocicleta algo comum socialmente para as mulheres assim como é para os homens.
Habilitações de moto se concentram entre pessoas dos 31 aos 40 anos
Tanto entre mulheres quanto entre homens, a faixa etária que concentra o maior número de carteiras de moto é a que vai dos 31 a 40 anos.
Entre essas idades, as mulheres somam 7.790.504 motociclistas, enquanto os motociclistas homens totalizam 11.871.802 habilitados.
Em segundo lugar, estão as pessoas com idades entre 41 e 50 anos. O gênero feminino responde por 6.520.793 habilitações nesse grupo e o masculino, por 10.774.078.
Na terceira colocação, está o público acima de 60 anos. Destes, 3.988.122 são mulheres motociclistas e 11.068.970 são homens.
Perfil dos compradores
Levantamentos analisados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) revelam que os homens são os principais compradores de motocicletas, sendo responsáveis por 62% das motos compradas em 2022. Em 2012, esse índice era de 74%.
Na análise de preferência por modelos, a motoneta é a categoria mais procurada pelas mulheres. Ela representa uma porcentagem de 69% em relação aos demais modelos.
Já no caso dos homens, as scooters são as mais procuradas, somando 60%.
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