O novo Nissan Sentra fez sua estreia no Salão do Automóvel de Xangai, na China, onde é chamado de Sylphy. Trata-se da oitava geração do sedã médio, que ainda não tem data para chegar ao Brasil. O visual ficou bem mais esportivo, repleto de vincos e protuberância que evocam a ideia de um veículo “musculoso”. As dimensões são semelhantes às atuais: 4,64m de comprimento, 1,81m de largura, 1,45m de altura e 2,71m de distância entre-eixos.
Os faróis de LED ficaram mais afilados e longos, a grade emoldurada pelo V – assinatura de design da marca japonesa – está maior e a iluminação de neblina tem novo formato. Visto de lado, o sedã lembra um cupê, já que o teto tem acentuada descaída na traseira e parece flutuar, devido à faixa preta que encobre a coluna C. A traseira ficou mais “limpa” e continua com forte orientação horizontal.
Talvez a versão apresentada em Xangai tenha apelo esportivo, já que seu interior tem volante com base achatada e bancos revestidos em couro predominantemente na cor caramelo, com relevos formando losangos. Também traz tom de caramelo parte dos revestimentos de porta e a porção superior do painel. Outras cores disponíveis para o interior são preto e cinza claro. O console é largo e traz, contíguos, alavanca de câmbio e porta-copos, além de um volumoso apoio de braço. Os três difusores de ar centrais são circulares, com estilo de turbina. A tela de oito polegadas do sistema multimídia agora é flutuante. O painel de instrumentos também conta com uma tela central de sete polegadas, com várias informações disponíveis.
EVOLUÇÃO Ainda não há muitos detalhes sobre o modelo. De acordo com a Nissan, o desempenho está melhor e a experiência ao volante mais aprimorada. Além do centro de gravidade ter ficado mais baixo, a aerodinâmica também melhorou, igualando o coeficiente de arrasto (Cx de 0,26) ao do esportivo Nissan GT-R. Construída sobre plataforma modular, a carroceria ganhou mais rigidez torcional. Ainda segundo a marca japonesa, os sistemas de suspensão e direção também foram otimizados.
SOB O CAPÔ O que fica no ar é a finalidade de tantos aprimoramentos relacionados à performance, já que o Sentra não costuma trazer motores nervosos. Ainda não há detalhes quanto à nova motorização do modelo, apenas que será mais eficiente, mas é certo que o câmbio continuará do tipo CVT. A imprensa chinesa crava que, por lá, o sedã continua com o motor 1.6 de 139cv de potência. No Brasil, a atual geração traz sob o capô um propulsor 2.0 flex de 140cv e 20,3kgfm de torque, mas esperamos ser surpreendidos com uma coisa melhor.
A conectividade tem novidades, como o espelhamento com smartphones sem o uso de fio e comandos de voz. O pacote de segurança foi ampliado e agora traz alerta dianteiro de colisão, sensor de ponto cego e alerta de tráfego cruzado. Em 2018, o Sentra foi o quarto sedã médio mais vendido no Brasil, tendo totalizado 4.422 emplacamentos, o que não é grande coisa. A título de comparação, o campeão do segmento Toyota Corolla vende mais que isso em apenas um mês. Como o modelo deve continuar vindo do México, que também abastece os Estados Unidos, pode ser que não demore a chegar ao Brasil.