Fabricado no Brasil durante 14 anos, entre 1982 e 1996, o Chevrolet Monza deixou uma legião de fãs. O sedan chegou a ser o carro mais vendido do país entre 1984 e 1986, mas acabou sendo substituído pelo Vectra. Na China, porém, o modelo ganhou um homônimo em 2018, que, agora, acaba de passar por uma atualização visual e mecânica.
As novidades do Chevrolet Monza 2023 chinês começam por uma reestilização, que alterou, em especial, a parte dianteira: o modelo ganhou faróis mais estreitos e afilados, além de uma grade frontal maior e com trama distinta. O para-choque também exibe linhas mais recortadas e agressivas. Na traseira, as lanternas receberam novo arranjo interno.
Porém, as atualizações mais significativas estão no interior e na mecânica do Chevrolet Monza. O modelo ganhou um novo painel, que integra os instrumentos, que são totalmente digitais, à tela da central multimídia. Há ainda um console central reprojetado e um volante inédito, igual ao do Onix nacional.
Na parte mecânica, o novo Chevrolet Monza adotou, nas versões top de linha, um sistema híbrido-leve, de 48V, associado a um motor 1.3 turbo de 163 cv de potência e 23,4 kgfm de torque. Já as configurações de entrada vêm com um 1.5 de aspiração natural, com 114 cv e 14,3 kgfm. Em ambas as motorizações, o câmbio é automatizado de dupla embreagem, com seis marchas.
Como o Chevrolet Monza 2023 chinês não ganhou um projeto inteiramente novo, apenas uma atualização, as dimensões internas e externas praticamente não mudaram: somente o comprimento aumentou 2,6cm, devido à mudança no formato do para-choque. No mais, o sedan permanece com 2,64 metros de entre-eixos, 1,79m de largura e 1,46m de altura.
O Chevrolet Monza 2023 virá para o Brasil?
A resposta é não: o sedan é um produto com foco nos mercados da Ásia continental. O projeto foi desenvolvido pela Saic, parceira chinesa da GM, que, por sua vez, é a detentora da marca Chevrolet. Por sua vez, a subsidiária brasileira da multinacional não faz quaisquer movimentos para lançá-lo por aqui.
Quem parece balizar a decisão da GM é o mercado nacional, que tem rejeitado sedans nos últimos anos. As vendas desse segmento estão em baixa devido à ascensão dos SUVs, que caíram nas graças dos consumidores. É por isso que a Chevrolet não desenvolverá substituto para o Cruze, último modelo médio da marca nessa categoria.
Vale lembrar que, em termos de projeto, o Chevrolet Monza chinês não tem relação alguma com o homônimo brasileiro. Enquanto o primeiro é um sedan com porte médio, mas de construção mais simples, destinado a ter preço competitivo (mais ou menos como era o Cobalt nacional), o segundo era um médio-grande, com proposta global e interior sofisticado para os padrões da época.
Porém, algumas das tecnologias que acabam de estrear no novo Monza devem chegar aos produtos nacionais da Chevrolet. A nova Montana, por exemplo, terá um painel com duas telas interligadas, para instrumentos e central multimídia. Já o estilo da carroceria deve servir de referência para uma futura reestilização do Onix.
Na falta do Monza, confira a avaliação do Onix Plus, sedan mais acessível da Chevrolet no Brasil: