Há alguns poucos anos, imaginávamos que pilotaríamos veículos modernosos e, no mínimo, extravagantes no século que estava por vir. Carros que, de tão futuristas, chegariam a beirar o ridículo. Bem, alguns modelos produzidos no século 21 não fogem muito disso. E elevam o ridículo à décima nona potência. A equipe do Vrum escolheu alguns dos mais estrambólicos veículos já vistos perambulando pelas ruas no início do primeiro centenário do terceiro milênio. A feiura é algo subjetivo? Neste caso, de jeito nenhum.
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PATÉTICO DE A A Z Mais um crossover. Dessa vez de porte médio e da Pontiac, tentáculo da GM nos Estados Unidos. Uma frente medonha, com grade bizarra e uma área intermediária com duas pequenas lanternas antes da tampa do capô. Para-choques e para-lama risíveis. O Aztek —tecnologia de A a Z, de acordo com a montadora — é um desastre completo. Tão desastroso que teve vida curta, sendo fabricado de 2001 a 2005. Além disso, o “carro” decretou a derrocada da Pontiac, já que a GM não consegui salvá-la depois dessa coisa ilógica.
NERD ALEMÃO Corpo de cupê preso num chassis de X5. Esse é o fardo do BMW X6. Olhar para este crossover alemão é de dar dó, mesmo, deveras deprimente. A BMW nos promete elegância e dinamismo, mas recebemos doses cavalares de extravagância e linhas totalmente desnecessárias na carroceria. Alto, desengonçado e, obviamente, feio, parece um personagem de A vingança dos nerds, com inúmeras qualidades por dentro, mas uma abominação por fora. Segundo a montadora, o X6 “é como um livro sobre a arte de ser diferente”. Poderíamos complementar com a seguinte afirmação: ser diferente não é necessariamente um ponto positivo. E neste caso, então, não mesmo.
LUZES, CÂMERA, AÇÃO? “Uma picape arrojadao e valente para pessoas com vida ativa”. Siga um conselho: não se levante do sofá para adquirir um SsangYong Actyon. A caminhonete tem design, pasmem, feito pelo estúdio do grande Giorgetto Giugiaro, criador de clássicos como a Lamborghini Gallardo e a primeira geração do aclamado Volkswagen Golf. O Actyon, porém, é uma lástima. As linhas abusivamente agressivas do coreano o tornam simplesmente execrável. Pode ser espaçoso, ótimo de dirigir, mas é feio de doer.
HORS CONCOURS O nada garboso Fiat Multipla tem um dos desenhos mais grotescos de todos os tempos e tem um capô... bem, um capô esdrúxulo. Remetendo a um girino, o multiuso italiano já foi “condecorado” com a láurea de carro mais feio do ano por mais de uma vez. No entanto, vale frisar que a larva de sapo com rodas é um ótimo veículo para a família. É só as crianças não olharem para ele.
AZEDO Peça a uma criança —ou até mesmo um adulto sem dotes artísticos —para desenhar um Mercedes E-Class. É muito possível que o produto final seja um Opirus, uma ode ao mau gosto por parte dos coreanos da Kia. Os asiáticos almejavam entregar para um público seleto um carro luxuosíssimo, com linhas suntuosas e muito estilo. Realmente o sedã de grande porte tinha todo o luxo possível, mas pecava demais em termos visuais, sendo nada mais que um Adam Sandler do mundo automobilístico. Comicidade é pouco.
HÄSSLICHKEIT Pacer. Este é um baluarte do ridículo, produzido pela AMC no século 20. Obviamente seu design deveria estar enterrado no novo século que aflorou, mas não. Eis que a Porsche (sim, a Porsche) decide lançar um cupê de gosto duvidoso: o Panamera. Ele parece o irmão mais novo do Pacer. E isso não é nada bom. Vale destacar que nenhuma novidade da Porsche foi unanimidade no quesito beleza à época de seus lançamentos. Acabamos nos acostumando com o tradicional espírito germânico dos carros de Ferdinand. Mas o Panamera, bem... este vai ser difícil de engolir.
PIADA A primeira sensação ao vermos o Juke, o crossover da Nissan, é de que ele é o produto de um brainstorm sem algum tipo de limitação. O pequenino peca pelos excessos e ainda sofre com um design que o deixa aparentemente ainda menor do que já é. Seus faróis bumerangue e sua janela lateral convexa pouco harmoniosos fazem do Juke apenas uma paródia de crossover. Está mais mesmo para “Joke”.