O Dia das Crianças é uma data muito esperada pelos pequenos por causa da expectativa de receber aquele sonhado presente e, no caso dos meninos, aumentar a frota dos carrinhos de coleção. O tempo passa, a pessoa cresce e o presente também, mas alguns ainda conseguem fascinar crianças e adultos, independentemente da idade. É o caso do triciclo elétrico Trikke, que está à venda desde junho no Brasil e começa a ganhar fama entre a molecada, principalmente em condomínios fechados.
O produto ainda é desconhecido pela maioria, mas aos poucos vai fazendo a cabeça dos adolescentes. Os irmãos Daniel Augusto Vasconcelos e João Francisco Vasconcelos, de 13 e 15 anos, tentam negociar com os pais a compra do Trikke. Eles souberam do produto e pediram de presente, mas não sabiam ao certo como funcionava. O Vrum deu uma mãozinha aos meninos e levou o triciclo para eles fazerem um test-drive.
VEÍCULO DA HORA As primeiras tentativas com o Trikke são meio desajeitadas, mas em cinco minutos ganhamos intimidade com o veículo. Os adolescentes pegam o jeito de conduzir corretamente com muita facilidade. “Eu nem imaginava que era assim, foi bem fácil achar o ponto de equilíbrio, é só soltar o peso de uma perna e fazer a curva. Achei bem 'da hora’”, diz Daniel com certa empolgação.
A tração é proveniente do motor elétrico de 48 volts e 350 watts, montado na roda dianteira. A alimentação é feita por uma bateria de íon de lítio de 11.250 mA/h e 540 watts, que pode ser recarregada em qualquer tomada doméstica. A reposição total de energia leva cinco horas em rede de 220 volts. Há dois modos de condução: econômico e rápido. No primeiro, a autonomia é de 45 quilômetros e a velocidade máxima, de 19km/h. No outro, o Trikke pode rodar 26 quilômetros e atingir 28km/h. Os freios são a disco mecânicos nas rodas traseiras, com travas de estacionamento. Em comparação com as bicicletas elétricas disponíveis no mercado, o Trikke ganha no torque e supera obstáculos onde as bikes não chegam apenas com a motorização elétrica. Por usar pneus de asfalto, é comum a roda dianteira derrapar nas arrancadas.
SEGURANÇA Ela é garantida pelo sistema 3cs, que mantém as três rodas em contato com o solo a todo o momento. A boa aderência é mantida nas curvas, feitas inclinando-se o corpo na direção desejada (de forma semelhante à de uma motocicleta). Crianças a partir dos 12 anos podem usar o Trikke elétrico. Como segue a legislação de bicicletas elétricas, ele pode ser conduzidos em ciclovias ou até mesmo em vias públicas dividindo o espaço com automóveis, mas o condutor deve usar todos os equipamentos de segurança previstos pelo Código Nacional de Trânsito. A parte negativa é que não há a possibilidade de o próprio condutor gerar energia para mover o veículo, como nas bicicletas. No Trikke, você dependerá apenas do motor elétrico.
“Eu teria um desse fácil fácil”, exclamou João Francisco. Ao fim do test-drive, os meninos receberam a boa notícia da mãe, que acompanhou o test-drive. “Até o Natal pensarei nele como presente pra eles”, disse a empresária Francisca Vasconcelos. Andando com o Trikke em ciclovias na Pampulha e na Savassi, em BH, jovens, adultos e até idosos buscaram informações sobre o curioso veículo e aprovaram a vocação de transporte alternativo para pequenos deslocamentos.
Por ser um produto da Mopar (a marca de acessórios do grupo Chrysler), o triciclo é vendido nas 43 concessionárias da marca em todo o Brasil. Ou seja, o cliente pode chegar na revenda para negociar um Grand Cherokee, por exemplo, e sair com o triciclo no bagageiro do SUV. O projeto do Trikke é de dois brasileiros. Nos Estados Unidos, a Mopar fez a versão elétrica do brinquedo e lá ele já é febre entre os jovens, principalmente na Califórnia, reduto de veículos movidos por energias alternativas. Hoje, a produção do modelo é feita na Zona Franca de Manaus. O Trikke Elétrico Mopar 48v tem preço sugerido de R$ 6.990. A versão Premium, equipada com computador de bordo, farol duplo de LED e bolsa tipo alforje, sai por R$ 7.990. Esses acessórios também podem ser vendidos separadamente.