O Brasil já está começando a colecionar alternativas de deslocamento. Pegando embalo, o designer de produto Allan Tolentino, de 25 anos, idealizou o Rolè, patinete elétrico com um diferencial: em apenas cinco segundos pode virar uma bolsa. A inspiração veio é da I Guerra Mundial, quando surgiram as primeiros bicicletas dobráveis.
O Rolé pesa 14 quilos, mas a meta do protótipo numa possível versão de produção é de 5 kg. O patinete tem rodas de skate e lateral iluminada por néon azul. O motor elétrico elétrico de 250watts e bateria de 36 volts oferece autonomia de 30km ou uma hora de uso. A máxima é de 35km/h. O protótipo consumiu investimento de cerca de R$ 7 mil. O preço alto não deve se refletir numa possível produção, já que a proposta é que o invento seja comunitário, para usos compartilhados, assim como as bicicletas.
A ideia surgiu do trajeto diário trabalho-faculdade realizado pelo designer, de pouco mais de 30 quilômetros. Allan perdia cerca de duas horas para se deslocar de ônibus e metrô. Agora, passou a chegar ao destino em poucos minutos. O Rolè é carregado na tomada de 110/220V por 1h30. No lugar do painel de instrumentos, utiliza um smartphone e com a ajuda de aplicativos, é possível calcular velocidade, rotas e ouvir música. Quase uma moto.
O tempo rápido no desarme do patinete se deve ao engate auxiliado por molas. O Rolé também pode ser abastecido nos eletropostos, que já existem em algumas capitais – como Rio de Janeiro e São Paulo. Por enquanto, Allan busca investidores para colocar o patinete-mochila nas ruas, colaborando com a mobilidade sem poluir o meio ambiente e, principalmente, com um preço mais acessível. É possível.