São Paulo - Trata-se do primeiro projeto de carro compacto depois da fusão da Fiat com a Chrysler (FCA). A fabricante aposta em mecânica simples e muita tecnologia, facilidade para manobrar e estacionar. Chama a atenção a tampa traseira de vidro na cor preta, que é reforçada na parte inferior para suportar impacto. O grande ângulo (75°) de abertura das portas traseiras facilita entrar e sair. O encosto do banco traseiro é fracionado e de série em todas as versões e também regulável em duas posições. No porta-malas há uma caixa que pode ser removida e as compras levadas para casa.
A Fiat garante que o Mobi vai vestir o celular do cliente com o Live On. Por meio de aplicativo, o telefone transforma-se em uma central multimídia. A garantia é de três anos sem limite de quilometragem.
ESTILO Capô alto e faróis estreitos se estendendo pela lateral dão a impressão de carro maior. O quadro de instrumentos tem iluminação em LED, com indicador de nível temperatura do líquido de arrefecimento do motor. Dependendo da versão, contra-giros e computador de bordo. Há duas opções de sistema de som a partir da versão like: rádio B7 com entradas USB e auxiliar, usado no Uno e no Renegade, e o Fiat Live On. A conectividade aceita os sistemas Android e iOS.
PESO A versão de entrada pesa apenas 907kg e a direção tem assistência hidráulica de série em cinco versões. O motor é o Fire Evo de até 75cv e o câmbio manual de cinco marchas. Apesar de a Fiat insistir que se trata de uma nova plataforma e garantir que apenas a parede de fogo – que separa o compartimento do motor do habitáculo – é comum aos dois modelos, o Mobi é um Uno mais curto. A grade frontal e faróis são diferentes, mas são muitos os elementos em comum. A semelhança é incrível quando colocados lado a lado. O Mobi ainda não está equipado com o novo motor 1.0 de três cilindros e seis válvulas, mas com o Fire 1.0 de quatro cilindros. A direção com assistência hidráulica está mais leve com a nova calibragem. A elétrica fará par com o motor de três cilindros, que chega em cerca de quatro meses no Uno, que também ganhará reestilização. As novidades serão estendidas ao Mobi no ano que vem.
DIRIGINDO No test-drive pelas ruas de São Paulo percebe-se melhora de desempenho em relação ao Uno pelo menor peso do Mobi, mas as retomadas são lentas. A calibragem da assistência hidráulica deixa a direção mais leve. A distância entre-eixos curta, sete centímetros a menos que o Uno, restringe o espaço para pernas no banco traseiro. O câmbio é o manual de cinco marchas de curso longo da alavanca, nem sempre preciso nos engates. A suspensão transfere um pouco as imperfeições do asfalto irregular e ondulado para dentro. O Mobi obteve nota A no teste de consumo do Inmetro.
VERSÕES Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On. A primeira não tem opção de ar e direção, que são de série na Easy On. A caixinha no porta-malas está disponível a partir da Like. As vendas começam amanhã, exceto as das versões Way previstas para meados de maio. Uno Vivace sai de linha com a chegada do Mobi.
Ficha técnica
MOTOR – de quatro cilindros, 999cm³ de cilindrada, 73cv (g)/75cv(a) a 6.250rpm e torques de 9,5kgfm(g)/9,9kgfm(a) a 3.850rpm
TRANSMISSÃO – tração dianteira e câmbio manual de cinco marchas
DIMENSÕES (metro) – comprimento, 3,56; largura, 1,63; altura, 1,50; distância entre-eixos, 2,30
PORTA-MALAS - 215 a 230 litros
VELOCIDADE MÁXIMA (km/h) – 151 a 153 (conforme versão)
ACELERAÇÃO ATÉ 100km/h – 14,6 (g) e 13,8 (a)
PESO – 907kg a 966kg
(conforme versão e equipamentos)
CARGA ÚTIL (passageiros %2b bagagem) – 400kg
CONSUMO (km/l) – cidade, 11,9 (gasolina)/8,4 (álcool);
estrada, 13,2 (g)/9,2 (a)
Quanto custa?
Easy – R$ 31.900
Easy On – R$ 35.800
Like – R$ 37.900
Like On – R$ 42.300
Way – R$ 39.300
Way On – R$ 43.800
(*)Jornalista viajou a convite da Fiat