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Produção do Renault Kwid no Brasil será desacelerada. Entenda o motivo

Parte da linha produtiva do modelo será transferida para a Colômbia

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Junto com o Fiat Mobi, Renault Kwid é o modelo de entrada do mercado brasileiro
Junto com o Fiat Mobi, Renault Kwid é o modelo de entrada do mercado brasileiro Foto: Junto com o Fiat Mobi, Renault Kwid é o modelo de entrada do mercado brasileiro

Em agosto, a Renault anunciou o nome de seu novo SUV compacto nacional, um substituto do Sandero Stepway: o Kardian. O modelo será oficialmente apresentado neste mês, mas o lançamento seré no início do ano que vem. Pelo visto, os preparativos para a chegada do novo modelo estão a todo vapor, implicando, inclusive, no "sacrifício" de um outro modelo da marca: o Renault Kwid, cuja produção no Brasil precisará ser desacelerada. 

Sim, ao que tudo indica, o modelo de entrada do mercado brasileiro, atualmente produzido na fábrica da Renault de São José dos Pinhais (PR), terá parte de sua produção transferida para a Colômbia, na planta de Envigado, que pertence à empresa Sofasa, parceira local da montadora francesa. E o motivo da transferência é, justamente, a necessidade de liberação de espaço na linha de montagem paranaense, para que ela receba o Kardian.

A Renault já anunciou um investimento de 100 milhões de dólares, cerca de R$ 500 milhões pelas cotações atuais, para a unidade de Envigado, que ainda fabrica modelos como Sandero, Logan, Duster e Stepway. O valor, certamente, será destinado a adaptar a planta para a produção da plataforma CMF-A, a do Kwid.

Vale lembrar que, no caso do Kardian, o modelo será montado sobre uma plataforma inédita: a global CMF-B (Common Module Family, na sigla em inglês). Além de ser diferente da do Kwid, ela também não é a mesma usada nos demais modelos já produzidos em São José dos Pinhais: a B0, de origem Dacia, que equipa o Logan, Sandero, Duster e Oroch.

Produção colombiana do Kwid suprirá as exportações do modelo

Atualmente, o Renault Kwid produzido no Brasil abastece, além do mercado nacional, 40 outros países aproximadamente - o que representa cerca de 30% de toda a produção da fábrica paranaense.

Sendo assim, a ideia é que a futura nova linha produtiva do Kwid na Colômbia vire uma "base de exportação" do veículo. O mercado brasileiro, por outro lado, continuará sendo abastecido pelo modelo nacional.

De qualquer forma, ainda é válido questionar o futuro do Renault Kwid no Brasil nos dois próximos anos, quando ele estará completando oito anos de vida - uma idade que costuma representar o ciclo de vida de um automóvel. Sendo assim, há duas possibilidades a serem consideradas: o veículo pode receber uma atualização profunda ou pode ser descontinuado - o que não é improvável, já que o novo plano estratégico da marca, o Renaulution, prevê a priorização dos produtos com maior valor agregado, o que não é o caso do Kwid.