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Renault Kardian chega, mas outro SUV da marca sai de linha; saiba qual

Com apenas 304 unidades emplacadas em 2023, modelo deixa oficialmente de ser vendido no Brasil

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Renault aproveitou o fim do Captur para focar na produção do Kardian
Renault aproveitou o fim do Captur para focar na produção do Kardian Foto: Renault aproveitou o fim do Captur para focar na produção do Kardian

Que o Renault Captur sairia de linha uma hora ou outra não era mais novidade para ninguém. Já em 2022, o modelo não esteve nem entre os 60 carros mais emplacados, somando apenas 3.007 unidades vendidas no ano inteiro, média de 250 veículos por mês, segundo dados da Fenabrave. E com o passar do tempo, a realidade só piorou: até setembro deste ano, foram apenas 304 unidades emplacadas. E, agora, logo após a apresentação do Renault Kardian, o Captur tem, enfim, sua vida encerrada no Brasil. Um SUV chegou para outro sair.

Em nota, a Renault confirmou o fim das vendas do modelo, que foi retirado tanto do site oficial quanto da loja on-line da fabricante. Nas concessionárias, a verdade é que a disponibilidade do modelo já estava bastante escassa há tempos. No comunicado, a fabricante também aproveitou para frisar que o modelo foi o primeiro da marca a adotar motor turbo TCe 1.3 flex.

"O Captur, lançado no mercado brasileiro em 2017 e o primeiro modelo da Renault no Brasil a adotar o motor turbo TCe 1.3 flex em 2021, sofreu impactos pela falta de componentes e teve o seu ciclo de produção encerrado no Brasil"

Renault em nota

Vale lembrar também que o Captur nasceu como uma opção mais refinada ao SUV Duster, que ainda se encontra "firme e forte" no portfólio da marca. Por isso, como o primeiro sai sem deixar um substituto direto (não, o Renault Kardian não será um substituto do Captur, mas sim do Stepway), é provável que os seus clientes voltem à antiga opção, o Duster, que tem mesma plataforma e motores.

O fim do Captur só permitiu à Renault focar na produção do novo Kardian, que chega para disputar com o VW Nivus e Fiat Pulse.

Baixo desempenho de vendas e falta de componentes foram cruciais para o fim do Renault Captur

O declínio do Renault Captur começou a ser delineado no início de 2022, quando a guerra na Ucrânia prejudicou o abastecimento da indústria automobilística brasileira em geral, inclusive da Renault. Com o início do conflito, a montadora, junto com várias outras multinacionais do setor, encerrou as atividades industriais na Rússia. O grande problema disso é que o país exportava alguns componentes para o modelo nacional do Captur, que não tem similar em outros mercados.

Além disso, o baixo desempenho de vendas do modelo – também influenciado pela disponibilidade cada vez mais limitada – foi decisivo para que a montadora optasse por descontinuá-lo ao invés de, talvez, encontrar uma solução para a falta de componentes.

Até então, o Captur estava sendo vendido em três versões, sempre com o motor 1.3 turbo de 170cv, com preços entre R$ 142.990 e R$ 164.190. O Duster, por sua vez, que deve seguir no mercado por mais alguns anos antes de ganhar um substituto, parte dos R$ 115.990 (na versão Intense 1.6 manual) e chega aos R$ 148.990 na configuração Iconic 1.3 turbo.