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Renault Scénic deixa de ser monovolume e se transforma em SUV elétrico

Modelo chega à quinta geração com formato inteiramente novo, porém menos original

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Pela primeira vez, modelo exibe uma carroceria do tipo SUV, em vez da monovolume
Pela primeira vez, modelo exibe uma carroceria do tipo SUV, em vez da monovolume Foto: Pela primeira vez, modelo exibe uma carroceria do tipo SUV, em vez da monovolume

O Scénic entrou para a história da indústria nacional por ter sido o primeiro veículo que a Renault fabricou no país. Isso aconteceu no fim de 1998, embora o lançamento só tenha ocorrido em março de 1999. Na época, o modelo estava na primeira geração global e era um autêntico monovolume, segmento que, então, estava em ascensão. No Brasil, a produção terminou em 2010, mas prosseguiu no exterior.

Até muito recentemente, a trajetória do Renault Scénic incluía quatro gerações, que, embora distintas, permaneciam fiéis ao estilo monovolume: a segunda safra, aliás, também foi vendida no Brasil, por meio de importação. Agora, durante o Salão do Automóvel de Munique, surgiu a quinta linhagem, que abandonou esse tradicional tipo de carroceria e se transformou em um SUV de propulsão elétrica.

Renault Scénic 1999 de frente estacionado
Primeira geração do modelo teve produção nacional entre 1998 e 2010

Trata-se de mais um modelo que muda de personalidade para aderir à onda dos SUVs, que caíram nas graças dos consumidores em diferentes países. Outros exemplos desse fenômeno são o Mitsubishi Eclipse e o Peugeot 408 e até o Mégane, também da Renault. Depois que o Scénic passou por essa metamorfose, o segmento de monovolumes médios na Europa ficou restrito ao Opel Zafira.

Como é o novo Renault Scénic?

De acordo com a Renault, o Scénic não perdeu a proposta familiar ao se transformar em SUV e mantém acomodações cômodas para cinco ocupantes. O porta-malas, porém, diminuiu, ainda que o volume seja de bons 545 litros. O espaço interno é fruto também das dimensões externas generosas: são 4,47m de comprimento, 1,86m de largura e 1,57m de altura, além de 2,78m de distância entre eixos.

No design, o modelo exibe recursos dignos dos carros mais atuais, como enormes rodas de liga leve de 20 polegadas, maçanetas embutidas e lanternas traseiras em formato de Y. O criador do novo Scénic é Gilles Vidal, atual chefe de design da Renault, que até recentemente trabalhava na concorrente Peugeot. Como a propulsão é elétrica, não há grade frontal, apenas uma trama unindo os faróis.

E por falar no sistema de propulsão, que é totalmente elétrico, o SUV oferecerá duas opções. As versões de entrada virão com um motor de 168cv de potência e 28,5kgfm de torque, além de uma bateria de 60kWh, que permite um alcance aproximadamente 418km no ciclo WLTP. Na top de linha, são 215cv, 30,6kgfm e 610km de autonomia.