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Santa Matilde - O cupê sem fórmula

A conjugação do motor 4.1 litros do Opala com a carroceria em fibra rendia ao Santa Matilde desempenho de esportivo. Modelo sempre esteve em constante modificação

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Lançado em 1978, o Santa Matilde herdou o nome de sua fábrica, com sede em Conselheiro Lafaiete, que tradicionalmente produzia componentes ferroviários. De linhas sóbrias, o esportivo foi desenhado pelas mãos de uma mulher, Ana Lídia, filha de Humberto Pimentel, diretor-presidente da empresa. O que dava mais personalidade ao cupê era o conjunto óptico dianteiro, com dois pares de faróis redondos, setas triangulares, faróis de neblina e a grade dividida pelo fino para-choque.

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Com a carroceria de fibra de vidro, o veículo pesava 1.200kg. Suas dimensões eram 4,18m de comprimento, 1,72m de largura, 1,32m de altura e 2,37m de entre-eixos. O motor GM 250-S de 4.1 litros, usado no Opala, não decepcionava. De acordo com um panfleto da época (bastante otimista!), a velocidade máxima do modelo era de 210km/h. Para frear esse bólido, os projetistas providenciaram freios a disco nas quatro rodas. O interior, com configuração 2 2, trazia de série vidro automático, ar-condicionado e toca-fitas. O acabamento era feito à mão.

Modificações

O modelo recebeu acertos ao longo de sua existência. Os defeitos iam sendo identificados e reparados sem esperar o lançamento de um novo modelo. Tanto que é normal encontrar diferenças entre modelos do mesmo ano. Em 1979, o SM passou a vir equipado com direção hidráulica. No ano seguinte, o modelo ganhou mais opções de motorização com a incorporação do propulsor de 2.5 litros e quatro cilindros a álcool (disponível nas versões aspirada e turbo). Em 1980 e 1982, a carroceria ganhou alguns retoques.

Conversível

Um ano depois, a carroceria sofreu modificação mais radical, concentrada na traseira, que ficou mais alongada. Em 1984, chegou ao mercado a carroceria conversível, que trazia duas capotas: uma de lona, que ficava guardada atrás dos bancos, e outra de fibra, com janelas de vidro. Em 1987, o cupê passou a usar faróis retangulares, alteração que não chegou ao conversível, que permaneceu sem alterações até o fim da produção. No ano seguinte, o modelo deixou de ser fabricado em larga escala, sendo que a produção posterior foi desprezível.

Com a frente alongada e a traseira curta, o conjunto óptico dianteiro era o que dava mais personalidade ao cupê: tinha dois pares de faróis redondos, um par de faróis de neblina e setas triangulares