Se em 2017 quem deu o tom foram os novos hatches compactos premium, a exemplo do VW Polo e Fiat Argo, o principal movimento deste ano (e uma consequência desta primeira onda) foi a construção de um novo cenário no segmento dos sedãs compactos premium. O VW Virtus fez sua estreia em janeiro, com design atraente, bom espaço interno e conjunto mecânico empolgante, formado pelo motor 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas. A resposta da Fiat veio em março, com a chegada do Cronos, um sedã charmoso e com preço um pouco mais atraente.
Mas a briga não ficou só nisso. Em junho, a Toyota lançou o Yaris hatch (para engrossar a briga iniciada no último ano) e sedã, com bom espaço interno e opções de motor 1.3 e 1.5. Quem pouco investiu no segmento foi a Honda, que reestilizou o City no início do ano sem disponibilizar opção de controles de tração e estabilidade.
MUSCULOSOS
Sem dúvida, o lançamento mais excitante e aguardado foi o da sexta geração do Ford Mustang, que chegou em versão de topo em abril, aliando o desempenho do motor V8 de 466cv com o conforto de um automóvel de luxo. A Chevrolet respondeu com a sexta geração do Camaro, que manteve o V8 de 461cv e ganhou câmbio automático de 10 marchas.
PODEROSOS
A Volkswagen lançou a Amarok V6, versão vitaminada da picape com 225cv e 56,1kgfm de torque. A Honda trouxe de volta o Civic SI, equipado com motor 1.5 turbo de 208cv e câmbio manual de seis marchas. A Kia trouxe para o Brasil o modelo mais potente de sua história. O Stinger GT traz sob o capô um V6 biturbo de 3.3 litros, com 370cv. O gran turismo é vendido por R$ 399.990. A BMW lançou o Série 8, um cupê de duas portas e linhas aerodinâmicas equipado com motor V8 de 530cv, que acelera até 100km/h em 3,7 segundos. Um dos lançamentos mais charmosos foi o da nova geração do BMW Z4, que fez sua estreia no tradicional encontro de automóveis antigos de Pebble Beach, na Califórnia, EUA.
SUVs
O segmento dos utilitários-esportivos segue sua trajetória de expansão. Daqui a pouco só tem SUV nas ruas. Foram vários lançamentos. Entre os SUVs mais palpáveis, o VW Tiguan AllSpace é uma das principais novidades, com opção de sete lugares, mas terceira fileira de bancos bem apertada. Com o XC40 a Volvo passa a ter um SUV abaixo dos R$ 200 mil. Já a quinta geração do Honda CR-V ficou mais cara, já que perdeu benefícios fiscais por ter deixado de vir do México, passado a ser importada dos Estados Unidos. A Peugeot lançou o 5008, SUV de sete lugares baseado no 3008. No fim de outubro, o VRUM dirigiu o VW T-Cross, o novo SUV compacto da marca alemã que será lançado em 2019 com duas opções de motorização: 1.0 TSI e 1.4 TSI. Modelo será produzido em São José dos Pinhais, no Paraná.
O Citroën C4 Cactus causou polêmica por ser classificado como SUV compacto, enquanto na Europa, onde está na segunda geração, é considerado um hatch pequeno. Outra curiosidade foi a volta do Mitsubishi Eclipse, mas não como um cupê, e sim como um SUV de linhas ousadas, posicionado entre o ASX e o Outlander. E alguém aí já tinha imaginado um SUV da Rolls-Royce? Pois quem sobreviveu a 2018 pôde conhecer o Cullinan, o primeiro SUV da marca inglesa, equipado com motor V12 twin-turbo de 6.7 litros, 563cv e 86,7kgfm, além de tração integral.
A Caoa Chery tentou “vender” o Tiggo 2 como um SUV, mas o modelo não passa de um Celer aventureiro. SUV compacto da marca é o Tiggo 5X, com motor 1.5 turbo flex de 147cv (g)/150cv (e) e câmbio automatizado de dupla embreagem. A Lifan foi ousada e colocou no mercado, por R$ 129.777, o SUV grande X80, com motor 2.0 litros, turbo, de 184cv e câmbio automático de seis velocidades. A JAC Motors apresentou o compacto T50, com motor 1.6 de 138cv e câmbio CVT.
Em outubro, o Jeep Renegade ganhou uma discreta reestilização, mantendo o mesmo conjunto mecânico. No mês seguinte, o campeão entres os compactos, Honda HR-V, também ganhou um “tapa” quase imperceptível, com suspensões e câmbio CVT recalibrados e novo sistema multimídia.