Um crash test comparativo realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - também conhecida como Pro Teste - entre o VW Fox vendido no Brasil, que não é equipado com airbag, e o modelo comercializado no mercado europeu, que incorpora as bolsas infláveis e cinto de segurança mais eficiente (todo carro com airbag é equipado com cinto pirotécnico, que prende com mais eficiência o corpo da pessoa ao banco no momento da batida), mostrou a importância desse equipamento de segurança. Enquanto no Fox europeu os ocupantes dos bancos da frente não sofreriam grandes ferimentos, no modelo brasileiro eles teriam lesões tão graves que poderiam levá-los à morte.
A Pro Teste afirma que usou a mesma metodologia do (independente) instituto europeu Euro NCAP, uma das entidades mais respeitadas em todo o mundo na área de segurança automotiva; e que o objetivo foi pressionar as montadoras a venderem carros no Brasil com a configuração mínima de segurança dos europeus, o que incluiria airbag e freios ABS. A legislação brasileira é leviana e pouco exige em segurança. As montadoras, por sua vez, parecem interessadas apenas em comercializar e seguir a legislação.
Por outro lado, a Volkswagen se defende alegando que também oferece esse equipamento de segurança para o Fox no Brasil, mas que o consumidor brasileiro ainda não absorveu essa cultura de segurança, e mostra alguns números do mix do modelo, que, claro, segue as demandas de mercado: airbag (que custa R$ 2.065), 2,8%; freios ABS (R$ 2.800), 0,2%; ar-condicionado (R$ 4.090), 45%; e kit de CD Player com MP3 e alto-falantes (R$ 1.900), 5,5%.