Em 1971, quando o Karmann Ghia deixou de ser fabricado, a Volkswagen levou à Feira da Indústria Alemã, em São Paulo, o projeto de um novo esportivo. O modelo chegou ao mercado em 1972 em duas versões: o SP1, com motor 1.6 litro, e o SP2 , que usava propulsor 1.7. Como o SP1 não teve grande aceitação, o modelo ficou popularmente conhecido como SP2. O nome SP seria uma homenagem ao estado de São Paulo, onde o veículo foi projetado, mas existem fontes que o consideram uma sigla para Sport Prototype.
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Com projeto 100% nacional, o SP2 esbanjava estilo e esportividade. As rodas 14 polegadas pareciam ser maiores quando comparadas à baixa estatura do modelo, apenas 1,16m de altura. A frente do modelo era composta por dois pares de faróis redondos emoldurados. O capô era longo com dois vincos. Nas laterais se destacavam os frisos vermelhos e as entradas de ar atrás do pequeno vidro traseiro. A parte posterior do esportivo era curta e encurvada. As lanternas traseiras eram como uma continuação dos frisos.
Interior
O painel tinha muitos instrumentos: conta-giros, termômetro do óleo, amperímetro e relógio, além do rádio integrado. Os bancos eram anatômicos e a posição de dirigir deixava o motorista quase deitado, como num cockpit. O estepe ficava no porta-malas dianteiro e ainda cabiam mais 140 litros. Mas na traseira também havia espaço razoável para acomodar 205 litros de bagagem.
Desempenho
O desempenho nunca foi o ponto forte do modelo. Mesmo no SP2, que tinha motor 1.7 a ar com dupla carburação e câmbio com relações de marcha alongadas, que desenvolvia 75cv de potência e máxima de 153km/h. Como itens de segurança o veículo trazia cintos de três pontos e freios dianteiros a disco. Já o propulsor 1.6 do SP1 tinha apenas 65cv de potência.
O SP1 saiu de linha em 1975, mesmo ano do Karmann Ghia TC, e o SP2 deixou de ser fabricado no início do ano seguinte. Ao todo foram fabricados pouco mais de 10 mil unidades das duas versões, várias destinadas à exportação. O museu da Volkswagen em Wolfsburg, na Alemanha, exibe um exemplar do SP2. Na fábrica da VW, em São Bernardo do Campo, há um SP1.