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Sucesso de marcado, Chevrolet Agile aposta em segunda geração de câmbio automático

Ainda assim, trancos nas trocas de marcha persistem

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O Easytronic evoluiu pouco, mas não pisar no pedal de embreagem já é vantagem

 

 

Foi vendida cerca de meio milhão de unidades do Chevrolet Agile desde seu lançamento em 2009. Montado sobre a plataforma do Corsa antigo, o carro produzido na Argentina faz muito sucesso no Brasil. O fabricante se mostra entusiasmado com a segunda geração do câmbio automatizado, batizada de Easytronic Gen II e desenvolvida pela Magneti Marelli.

O sistema automatizado de apenas uma embreagem permite ao motorista trocar as marchas manualmente por meio de toques na alavanca ou simplesmente deixar no modo automático. O dilema é o mesmo de todos os câmbios automatizados de uma embreagem: a ansiedade não combina com ele. As trocas rápidas devem ser evitadas sob pena de trancos que jogam o corpo do motorista e demais ocupantes para a frente, principalmente no modo automático. O comentário na redação do Vrum é unânime em relação a isso.

Além disso, deve-se ficar muito atento ao arrancar na subida, pois o carro recua muito e, além de criar aresta com o motorista do carro de trás, fica caracterizada a pecha de roda dura. Carros mais sofisticados são equipados com o sistema denominado Hill Holder, que retém o carro por alguns segundos, evitando o dissabor. O recurso é segurar sempre o carro no freio de mão. Ou seja, Hill Holder manual. Ainda no modo automático, é preciso cuidado nas manobras, já que nem sempre se consegue dosar a aceleração como nos carros com câmbio manual. Ou a saída da inércia é demorada ou é abrupta, fugindo do controle do motorista.

Depois de tantos pontos negativos, o leitor deve estar curioso para saber se não há nada de bom nesse sistema. E, como tudo na vida, tem o lado positivo. De acordo com os fabricantes, não só a GM, o consumo e as emissões são menores em relação ao sistema manual. Outra vantagem é descansar o pé esquerdo, pois o acionamento da embreagem é pelo sistema eletro-hidráulico, dispensando o pedal. A primeira geração do Easytronic era somente elétrica.

O segredo para dirigir é ter muita calma e paciência, pois o sistema muitas vezes “pensa”. Por isso, hesita tanto nas trocas em subidas e os trancos são inevitáveis nas trocas rápidas. O sistema é ideal para pontos geográficos com topografia plana em que a pressão exercida no acelerador seja muito leve. Funciona melhor ainda se o motorista consegue antever a troca de marcha, evitando o tranco. A paciência é o preço a pagar para aliviar a tarefa ingrata de pisar muitas vezes na embreagem em trânsito lento e congestionado.