Tina Turner, morta aos 83 anos, nesta quarta-feira (24), deixa um amplo legado musical e uma fortuna estimada em US$ 250 milhões (aproximadamente, R$ 1,2 bilhão). Dentre as paixões da cantora, se destacam os automóveis e o prazer em dirigir. Em entrevista a Audi Magazine, Tina afirmou que, apesar de ter uma ampla carreira internacional, não gostava de viajar de avião, preferia os carros.
Diante do assédio dos fãs nos aeroportos e da burocracia de fiscalização para os embarques e desembarques, Tina Turner dizia que preferia viajar de carro por ter mais conforto e ter seu "espaço pessoal" mais respeitado. Segundo a cantora, seus carros eram uma extensão de sua casa. Por isso, precisavam ser bonitos e confortáveis. Pensando nisso, a cantora reforçava que, para agradá-la, os carros deviam contar com rodas e faróis bonitos.
Além do visual externo, Tina Turner se tornou uma grande admiradora da tração nas quatro rodas, após enfrentar uma nevasca à bordo de um Audi, junto com seu marido. A cantora contou detalhes da experiência:
"Quando dirigimos de Paris para Nizza, pegamos muita neve. Eu nunca havia experimentado algo assim. Os limpadores do para-brisa não aguentaram. Fiquei nervosa, mas a tração nas quatro rodas funcionou muito bem. Percebi que apenas caminhões e nós estávamos na estrada. Isso me convenceu de que um carro não só deve ser bonito por fora, mas também por dentro"
Tina Turner
Os carros de Tina vão de clássicos a sedans de luxo
Ainda durante a entrevista, Tina Turner contou sobre seu primeiro carro, um Chevrolet cinza com teto preto, e sobre outras aquisições, como um Cadillac Eldorado com teto marrom. Além deles, outro carro marcou a trajetória de Tina: um Jaguar de dois lugares. Retirado pela própria cantora da concessionária, ela relembra como foi a sensação de dirigi-lo pela primeira vez. "Tinha motor de 12 cilindros e quando voltei para casa sob o pôr do sol me senti realmente livre. Isso soa um pouco como kitsch (melodramático), mas foi uma sensação maravilhosa". Em outros momentos, a americana foi vista dirigindo um Mercedes-Benz S-Class e um Chevrolet Corvette.
Mais que fã de carros, Tina Turner também se tornou personagem do mercado automotivo, realizando uma série de comerciais para os carros da Plymouth. A marca mais econômica da Chrysler teve, na década de 1990, a cantora como sua garota propaganda. Veja uma dessas atuações a seguir:
Além dos carros, Tina Turner era fã do grande Ayrton Senna
Além de gostar de carros esportivos e luxuosos, Tina Turner também tinha uma admiração pelo piloto Ayrton Senna. Momento emblemático desse carinho da cantora com o brasileiro foi em 1993, quando durante o show comemorativo do Grande Prêmio da Austrália, a cantora dedicou seu hit "The best" ("o melhor") a Ayrton Senna. A cantora se declarou grande fã do piloto.
"Quando cantei pela primeira vez Simply The Best (Simplesmente o melhor), ainda não pensava em Senna, mas pensava numa pessoa obstinada que lutava pela vida, numa pessoa sem erros, perfeita, que não existia. Mas quando pude conhecer Senna pessoalmente, senti na hora que ele personificava Simply The Best. Na segunda vez que o vi, ele estava na plateia vip de um de meus shows. Não resisti. Quando o vi à minha frente, não tive dúvidas. Chamei-o ao palco para que ele cantasse comigo a 'sua música'. Aquele momento foi mágico, pois eu percebi a sua felicidade"
Tina Turner
No cinema Tina Turner também gravou cenas dirigindo carros, não necessariamente modelos convencionais. No filme Mad Max – Além da cúpula do trovão, em uma era pós-apocalíptica, Mad Max (Mel Gibson) chega na cidade governada por uma rainha (Tina Turner). Em meio a cenas de violência e carros sucateados em alta velocidade pelo deserto, Tina aparece dirigindo um sem carroceria, com seus cabelos loiros ao vento.
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