A Toyota anunciou um recall de 7,43 milhões de veículos no mundo para revisar o sistema de vidros elétricos que pode provocar incêndios nos modelos Corolla (foto) e Camry.
Este é um novo incidente para a Toyota, que nos últimos anos teve que anunciar vários recalls, que afetaram sua reputação de confiabilidade e segurança.
O recall deve afetar 2,47 milhões de carros nos Estados Unidos, 2,8 milhões na Europa e China e o restante em outros países, incluindo Japão, Canadá, Austrália e Oriente Médio. A Toyota informou que ainda investiga se há unidades rodando no Brasil que precisam passar pelo recall. O Vrum entrou em contato com a sede brasileira da montadora, que disse que irá se manifestar publicamente sobre o assunto até a próxima segunda-feira (14). Os dois modelos envolvidos na campnha, Corolla e Camry, são comercializados no Brasil. Segundo o fabricante, o fato do Corolla ser produzido no Brasil, não impede que ele esteja relacionado no recall, pois deve-se considerar também as peças usadas nos carros brasileiros, que podem ser dos mesmos fornecedores dos modelos montados em outros países.
Já o sedã de luxo Camry vendido no Brasil, vem do Japão, onde já foi confirmado o recall para o modelo. A toyota do Barsil disse que irá verificar os lotes importados.
A medida foi anunciada dois meses depois da Toyota adicionar dois modelos a um grande recall iniciado no fim de 2009.
Na ocasião, os modelos afetados apresentavam um defeito que bloqueava o pedal do acelerador, o que poderia provocar acidentes letais.
No total, 8,7 milhões de veículos foram revisados durante a crise, de setembro de 2009 a fevereiro de 2010, alguns deles por outro tipo de problema, como a reação lenta dos freios.
O Congresso dos Estados Unidos abriu uma investigação e o presidente da Toyota teve que pedir desculpas publicamente. Para completar, a empresa foi multada em mais de 50 milhões de dólares.
Desde então, a Toyota tenta recuperar a reputação de segurança, em um contexto no qual o Japão passa por uma crise econômica, com o iene valorizado, o que diminui a competitividade da produção nipônica, e o impacto provocado pelo terremoto e tsunami que devastou o nordeste do país em março de 2011.
A montadora japonesa conseguiu recuperar o primeiro lugar entre as principais empresas do setor, superando a americana General Motors.
Com agências