Se você é aquele tipo preguiçoso, que nunca abre o capô do carro para checar se tudo está ok, cuidado! Ao terceirizar esse serviço ao amigo frentista, ao contrário de uma “mãozinha”, ele pode acabar enganando-o usando apenas um dedo. Para começo de conversa, vamos deixar claro que a grande maioria dos frentistas são trabalhadores honestos e bem intencionados. Mas uma velha malandragem ainda pega muitos motoristas desprevenidos.
Tudo começa quando o frentista pergunta se pode conferir o nível do óleo. Você, preguiçoso que é, aceita. Mas, velhaco que você também é, levanta-se do banco e vai atestar que não será passado para trás. Sob seu olhar, ele retira a vareta, limpa e volta a encaixá-la para aferir o nível do lubrificante. Ao retirá-la, ele mostra que o óleo está no nível mínimo ou abaixo dele. Convencido e aliviado, você paga para completá-lo. Mas você não viu que, ao encaixar novamente a vareta, ele discretamente colocou um dedo entre a tampa e o orifício, maculando a medição. Pronto, você é mais uma vítima.
DANOS
Pior. Com lubrificante acima do nível máximo, o óleo pode ser queimado na câmara de combustão, gerando resíduos nas velas e válvulas, além de danificar o catalisador.
VISCOSIDADE
Outra balela é avaliar a viscosidade esfregando o óleo entre os dedos. Não caia nessa. Para avaliar essa característica devem ser usados equipamentos muito sofisticados.
ERROS
Mas alguns erros podem acontecer por desconhecimento do frentista. Para começar, a medição do nível só pode dar certo se o veículo estiver em terreno plano. Outro erro comum é fazer a aferição assim que se desliga o veículo, quando parte do óleo ainda não retornou ao cárter. Se for necessário completar, use o mesmo lubrificante ou de mesma especificação para que a viscosidade do óleo não seja alterada. E, mesmo completando, é preciso trocar o óleo no prazo estipulado pelo fabricante do veículo. Desde que os prazos estejam sendo cumpridos, para cada troca do lubrificante substitua também o filtro. Para limpar a vareta não use estopa, que solta fiapos e pode contaminar o óleo. Para isso separe uma flanela de qualidade.
FAÇA VOCÊ MESMO
Conferir o nível do óleo é a coisa mais básica que você pode fazer no carro. O ideal é medir com o veículo frio. Se fizer com o motor quente, espere ao menos uns 15 minutos para todo o óleo retornar ao cárter. Já para a troca, melhor quando o motor está quente, já que o óleo fica mais fino e escoa mais fácil, levando mais sujeira.