As vendas da van Fiat Ducato estão suspensas em Minas Gerais, em medida administrativa determinada pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG), órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A Fiat é investigada desde 2013 por reclamações recorrentes de proprietários do veículo. A marca não assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo MP para consertar os veículos.
Segundo o promotor de Justiça Amauri Artimos da Matta, há evidências que o Fiat Ducato apresenta vício de qualidade, em função da falta de permeabilidade (estanqueidade) do cabeçote do motor.
O incidente acontece com veículos equipados com motor Multijet 2.3 16V (a diesel), modelo 2012, fabricados entre 2011 e 2013. Segundo relato dos proprietários, antes de atingir os 40 mil quilômetros ocorre fuga de água no cabeçote do motor. O vazamento é causado por trincas na peça, que é de alumínio. A partir daí ocorre um efeito em cascata, que pode gerar desde superaquecimento até danos mais graves, como calço hidráulico, passando por curtos na parte elétrica do veículo. Só o custo do cabeçote pode chegar aos R$ 7,7 mil, preço pago por uma peça genuína na rede autorizada; ou cerca de R$ 4 mil por uma no paralelo. O valor final do prejuízo depende do tempo em que o motorista demora a identificar a falha.
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Suposto vício no cabeçote do motor é um dos problemas que motivaram a decisão
O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG), órgão integrante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), instaurou processo administrativo contra a empresa Fiat Chrysler Automóveis Brasil Ltda. com medida cautelar que suspende as vendas do veículo Fiat Ducato no estado de Minas Gerais. O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Amauri Artimos da Matta afirma que há evidências de que o veículo Fiat Ducato apresenta vício de qualidade, em função da falta de permeabilidade (estanqueidade) do cabeçote do motor.
Segundo o promotor, três problemas motivaram a suspensão das vendas pelo Procon-MG. O órgão considera ‘vício de qualidade colocar no mercado um produto com problemas graves no motor’; o ‘não atendimento de diversos clientes nos serviços de substituição do cabeçote, em garantia, pelas concessionária’; e em terceiro lugar, ‘não comunicar aos consumidores os problemas que estão ocorrendo nos veículos e, além disso, não avisar que os clientes devem comparecer às concessionárias Fiat para avaliar o caso’,
"Essas práticas são abusivas e devem ser coibidas pelo Procon Estadual para proteger, de forma efetiva, os usuários do produto, como exige o Código de Defesa do Consumidor”, declarou o promotor. A suspensão das vendas será mantida até que a empresa divulgue um plano de ação para substituir a peça com problema, em garantia.
Em outubro de 2014, o Vrum revelou o problema e mostrou o drama de proprietários da Ducato. Relembre o caso